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Secretário da Paraíba é preso na quinta fase da Operação Calvário; 28 mandados serão cumpridos

A redação tentou entrar em contato com os advogados dos investigados, mas as ligações não foram atendidas até as 7h30.

Por Diário do Sertão

09/10/2019 às 08h24 • atualizado em 09/10/2019 às 08h29

Polícia cumpre mandados da Operação Calvário no bairro do Cabo Branco, em João Pessoa — Foto: Caio Ismael/CBN Paraíba

O secretário executivo de turismo da Paraíba, Ivan Burity, foi preso na manhã desta quarta-feira (9) em uma nova fase da Operação Calvário, que investiga desvios de recurso públicos da saúde. O objetivo desta fase, a quinta, é cumprir 28 mandados, sendo três de prisão preventiva e 25 de busca e apreensão, em cinco estados. O diretor administrativo do Hospital Geral de Mamanguape (HGM), Eduardo Simões Coutinho, também foi preso por volta das 7h30.

A redação tentou entrar em contato com os advogados dos investigados, mas as ligações não foram atendidas até as 7h30.

A Operação Calvário visa desarticular uma organização criminosa suspeita de corrupção, lavagem de dinheiro e desvio de recursos em contratos firmados com unidades de saúde e educação da Paraíba. A investigação identificou que a organização criminosa teve acesso a mais de R$ 1,1 bilhão em recursos públicos, para a gestão de unidades de saúde em várias unidades da federação, no período entre julho de 2011 até dezembro de 2018.

Na Paraíba, os mandados de prisão emitidos pelo desembargador-relator Ricardo Vital de Almeida foram contra Ivan Burity de Almeida, secretário de turismo da Paraíba; e Eduardo Simões Coutinho, diretor administrativo do Hospital Geral de Mamanguape.

Ao todo, são cumpridos 28 mandados judiciais em cinco estados: três de prisão preventiva e 25 de busca e apreensão.

Na Paraíba: Dois de prisão preventiva e 12 de busca e apreensão
No Rio de Janeiro: quatro de busca e apreensão
Em São Paulo: três de busca e apreensão
No Paraná: cinco de busca e apreensão
Em Alagoas: um de prisão e um de busca e apreensão

A quinta fase da Operação Calvário na Paraíba é realizada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba (MPPB), pelo Ministério Público Federal (MPF), pela Polícia Federal (PF) e pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Na Paraíba, a operação acontece simultaneamente em João Pessoa, Santa Rita e Mataraca.

O que a operação investiga
A Operação Calvário foi desencadeada em dezembro de 2018 com o objetivo de desarticular uma organização criminosa infiltrada na Cruz Vermelha Brasileira, filial do Rio Grande do Sul, além de outros órgãos governamentais. A ex-secretária de administração da Paraíba chegou a ser presa e fez acordo de delação onde contou como supostamente funcionava o esquema.

A estimativa, no entanto, é inferior ao valor real do dano causado ao patrimônio público, já que só foram computadas as despesas da CVB-RS com uma pequena parcela de fornecedores que prestam serviços em unidades de saúde do município e do Rio de Janeiro, não alcançando os desvios de recursos públicos decorrentes da atuação da organização criminosa na Paraíba, que vem conseguindo centenas de milhões de reais desde o ano de 2011.

PORTAL DIÁRIO com G1

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