Detentos produzem materiais de higienização e desinfecção das penitenciárias
Esta é mais uma medida da Secretaria de Estado da Administração Penitenciária para prevenção de contágio do coronavírus dentro das unidades prisionais
Todo material de higienização e desinfecção das unidades prisionais está sendo fabricado pelos próprios detentos. A fabricação acontece no Complexo Agroindustrial de Mangabeira, penitenciária agrícola do sistema prisional, em João Pessoa, sob a coordenação do policial penal com formação em química industrial Marlo de Miranda Córdula. Esta é mais uma medida da Secretaria de Estado da Administração Penitenciária para prevenção de contágio do coronavírus dentro das unidades prisionais.
O projeto teve início no começo do mês de março deste ano e, segundo Marlo Córdula, no momento estão sendo produzidos água sanitária e desinfetante para todas as 72 unidades prisionais, cadeias e penitenciárias do Estado com a participação de presos do regime semiaberto, que foram capacitados para as atividades. “Em breve serão produzidos também detergentes e sabonetes líquidos para as mãos”, pontuou.
Os envasados são de 5 litros, com selo próprio contendo todas as informações dos componentes químicos e orientações de uso, observando-se que este material é de uso exclusivo da Secretaria de Estado da Administração Penitenciária nas unidades prisionais do Estado.
O secretário da Seap, Sérgio Fonseca, comentou que a Secretaria, diante desta nova realidade ocasionada pelo coronavírus, vem intensificando cada vez mais a higienização das unidades prisionais, a fim de manter o controle da Covid 19. Os insumos da produção têm sido custeados por verbas da própria Secretaria”, observou, ressaltando que com isso a Seap obteve uma diminuição considerável de custos e agora pretende investir cada vez mais na confecção dos seus próprios produtos de consumo interno. Ele lembrou que apenas sete unidades apresentaram casos de infecção.
Além de ser uma medida preventiva contra a disseminação do coronavírus nas unidades prisionais, a produção de matéria de higienização e desinfecção se alia ao projeto ressocialização dos reeducandos, servindo como porta de qualificação profissional aberta para a pós-pena.
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