Sobrinho do ex-prefeito Expedito Pereira é suspeito de mandar matar o tio para ficar com dinheiro
De acordo com a polícia, Expedito Pereira, foi morto depois de receber um telefonema do sobrinho, Ricardo Pereira. E a motivação do crime foi financeiro.
Expedito Pereira e o sobrinho Ricardo Pereira. (Foto: Reprodução/Instagram/jricardopereira_)
Na manhã desta quinta-feira (17), o delegado Vítor Melo da Polícia Civil de João Pessoa, capital paraibana, concedeu entrevista coletiva para falar sobre o caso do ex-prefeito Bayeux Expedito Pereira. De acordo com o delegado, a motivação do crime foi financeiro. Dias antes do crime o prefeito teria vendido uma granja e uma casa, os valores estavam sendo administrados pelo sobrinho Ricardo Pereira.
Ainda de acordo com a polícia, Expedito Pereira, foi morto depois de receber um telefonema do sobrinho, Ricardo Pereira. Ele teria saído de casa para encontrar com o o sobrinho. Ricardo também teria alugado um carro no qual Leon e Gean foram buscar uma motocicleta emprestada e depois fugiram para o Rio Grande do Norte.
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A delegada-adjunta de Crimes Contra a Pessoa, Emília Ferraz, explicou tudo o que poderia ocorrido no dia do crime. “Dizer que a motivação foi financeira é muito pouco. O motivo foi ganância e vontade de ter o que é do outro. Ricardo estava encarregado por Expedito de administrar suas finanças. Ele tinha não apenas os cartões de crédito e débito, mas as senhas dos cartões e aplicativos bancários. Todas as transações comerciais e bancárias que envolvessem Expedito precisavam passar por Ricardo, devido à confiança que o tio tinha no sobrinho. Próximo do crime ser consumado, Expedito, que tinha renda de R$ 4,5 mil começou a precisar vender seu patrimônio para manter os custos de sua vida. Pouco tempo antes do crime, ele vendeu uma Granja e uma casa que ele tinha na cidade de Bayeux. Toda a operação foi feita por Ricardo. Na véspera do crime, na noite de 8 de dezembro, Ricardo marcou um encontro que seria consumado no dia seguinte em um bar próximo à residência da vítima com o pretexto de levar um vereador eleito de João Pessoa para apresentar o currículo da filha de Expedito para que o parlamentar conseguisse um emprego para a moça. Levaria ainda as contas do mês para que Ricardo pagasse. No meio do caminho, ele foi surpreendido pelo executor e foi vítima do crime”, explicou.
O delegado Vítor Melo informou que há provas técnicas de que Leon Nascimento foi o responsável pela execução do ex-prefeito de Bayeux, Expedito Pereira. Os outros dois suspeitos, Ricardo Pereira, sobrinho de Expedito, e Gean Carlos, teriam dado apoio logístico e intelectual para o crime.
Gean, inclusive, teria entregado a Leon a arma que foi usada para matar a vítima. Para despistar a polícia, após o homicídio, Leon descartou a camisa usada em uma terreno baldio ainda em Manaíra. Por ironia, nas redes sociais há fotos do suspeito usando a mesma peça de vestuário.
Dos três suspeitos, Leon Nascimento foi preso na noite de sábado por estelionato e Ricardo se apresentou ontem e recebeu voz de prisão. Gean Carlos continua foragido.
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