Rio Grande do Norte registrou 87 homicídios desde o início da paralisação da Polícia Militar, no último dia 19 de dezembro, até a tarde deste sábado (30). O número representa um aumento de 40,3% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram contabilizadas 62 mortes violentas. Os dados são do Observatório da Violência Letal Intensional (Obvio) – instituto de contabiliza as mortes violentas no estado. Esta sexta-feira (29) foi o dia mais violento, registrado pelas forças de segurança do Rio Grande do Norte, ao longo dos 12 dias de paralisação. No site do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep), foram contadas 15 mortes violentas por arma de fogo, ao longo do dia. De acordo com o Obvio, foram 17 casos nas 24 horas. Ainda segundo a organização, após a morte de 26 presos na Penitenciária de Alcaçuz, em janeiro, esse foi o dia mais violento do ano no estado. Neste sábado (30), tanto o Itep quanto o instituto contabilizaram cinco mortes violentas até o final da tarde. O reforço de 2,8 mil militares das Forças Armadas começou a chegar no estado nesta sexta. Apesar da presença de um efetivo de 720 homens nas ruas de Natal, a noite foi violenta nas ruas da capital. Número de mortes violentas no RN
Casos entre os dias 19 e 29 de dezembro, durante paralisação das polícias estaduais
Número de vítimas
66
22
66
88
1111
99
66
88
33
66
1717
55
Terça, 19
Quarta, 20
Quinta, 21
Sexta, 22
Sábado, 23
Domingo, 24
Segunda, 25
Terça, 26
Quarta, 27
Quinta, 28
Sexta, 29
Sábado, 30 (até a últ…
0
5
10
15
20
Fonte: OBVIO Até então, o dia com o maior número de homicídios durante a paralisação da PM havia sido o sábado (23), que registrou 11 mortos, segundo o Obvio. Crimes
Na madrugada deste sábado (30), um homem foi morto com sete tiros dentro do maior pronto-socorro da região Oeste potiguar, no município de Mossoró. Ele era suspeito de ter atirado em um agente penitenciário durante uma tentativa de assalto, na noite da sexta (29). Também ferido na troca de tiros, ele aguardava um exame de Raio-X no Hospital Regional Tarcísio Maia, quando recebeu sete tiros. Do dia 19 até as 7h deste sábado (30), o estado teve 586 crimes classificados como arrombamentos, roubos e assaltos, de acordo com dados oficiais da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesed). Os casos, porém, são apenas aqueles notificados e confirmados pelos órgãos oficiais. Na sexta, o estado registrou 37 roubos e três furtos. Não houve registro de arrombamentos. Suspeito de balear agente foi executado dentro do maior hospital de Mossoró, na região Oeste do RN (Foto: Marcelino Neto/O Câmera) Suspeito de balear agente foi executado dentro do maior hospital de Mossoró, na região Oeste do RN (Foto: Marcelino Neto/O Câmera)
Suspeito de balear agente foi executado dentro do maior hospital de Mossoró, na região Oeste do RN (Foto: Marcelino Neto/O Câmera)
Paralisação
Policiais e bombeiros militares do Rio Grande do Norte estão aquartelados desde a terça-feira (19). Policiais civis trabalham em regime de plantão desde quarta (20). As categorias reivindicam, além de melhores condições de trabalho, o pagamento dos salários e 13º. O governo anunciou que pagou os salários de novembro a mais e 80% da categoria nesta sexta-feira (29), mas o movimento foi mantido. No domingo (24), a Justiça já tinha considerado a paralisação ilegal. Mesmo assim, os militares mantiveram o aquartelamento. Com a falta de políciais nas ruas, o estado registrou aumento de furtos, assaltos e roubos, especialmente na capital e em município da região metropolitana da capital e em Mossoró, segunda maior cidade do estado. Nesta sexta (29), o Ministério da Defesa anunciou o envio de 2 mil militares das Forças Armadas para reforçar o patrulhamento ostensivo no RN. O número foi ampliado para 2,8 mil neste sábado, segundo anúncio do ministro Raul Jungmann. Desde o início da crise na segurança, o governo federal enviou cem homens da Força Nacional para auxiliar no patrulhamento. Eles se juntaram aos 120 integrantes da Força Nacional que já atuavam no estado. O governador Robinson Faria (PSD) transferiu ao Exército a responsabilidade pela coordenação das forças de segurança estadual, em decreto publicado neste sábado (30).
Rio Grande do Norte registrou 87 homicídios desde o início da paralisação da Polícia Militar, no último dia 19 de dezembro, até a tarde deste sábado (30). O número representa um aumento de 40,3% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram contabilizadas 62 mortes violentas. Os dados são do Observatório da Violência Letal Intensional (Obvio) – instituto de contabiliza as mortes violentas no estado.
Esta sexta-feira (29) foi o dia mais violento, registrado pelas forças de segurança do Rio Grande do Norte, ao longo dos 12 dias de paralisação. No site do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep), foram contadas 15 mortes violentas por arma de fogo, ao longo do dia. De acordo com o Obvio, foram 17 casos nas 24 horas. Ainda segundo a organização, após a morte de 26 presos na Penitenciária de Alcaçuz, em janeiro, esse foi o dia mais violento do ano no estado.
Neste sábado (30), tanto o Itep quanto o instituto contabilizaram cinco mortes violentas até o final da tarde.
O reforço de 2,8 mil militares das Forças Armadas começou a chegar no estado nesta sexta. Apesar da presença de um efetivo de 720 homens nas ruas de Natal, a noite foi violenta nas ruas da capital.
Até então, o dia com o maior número de homicídios durante a paralisação da PM havia sido o sábado (23), que registrou 11 mortos, segundo o Obvio.
Crimes
Na madrugada deste sábado (30), um homem foi morto com sete tiros dentro do maior pronto-socorro da região Oeste potiguar, no município de Mossoró. Ele era suspeito de ter atirado em um agente penitenciário durante uma tentativa de assalto, na noite da sexta (29).
Também ferido na troca de tiros, ele aguardava um exame de Raio-X no Hospital Regional Tarcísio Maia, quando recebeu sete tiros.
Do dia 19 até as 7h deste sábado (30), o estado teve 586 crimes classificados como arrombamentos, roubos e assaltos, de acordo com dados oficiais da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesed).
Os casos, porém, são apenas aqueles notificados e confirmados pelos órgãos oficiais. Na sexta, o estado registrou 37 roubos e três furtos. Não houve registro de arrombamentos.
Paralisação
Policiais e bombeiros militares do Rio Grande do Norte estão aquartelados desde a terça-feira (19). Policiais civis trabalham em regime de plantão desde quarta (20). As categorias reivindicam, além de melhores condições de trabalho, o pagamento dos salários e 13º. O governo anunciou que pagou os salários de novembro a mais e 80% da categoria nesta sexta-feira (29), mas o movimento foi mantido.
No domingo (24), a Justiça já tinha considerado a paralisação ilegal. Mesmo assim, os militares mantiveram o aquartelamento. Com a falta de policiais nas ruas, o estado registrou aumento de furtos, assaltos e roubos, especialmente na capital e em município da região metropolitana da capital e em Mossoró, segunda maior cidade do estado.
Nesta sexta (29), o Ministério da Defesa anunciou o envio de 2 mil militares das Forças Armadas para reforçar o patrulhamento ostensivo no RN. O número foi ampliado para 2,8 mil neste sábado, segundo anúncio do ministro Raul Jungmann. Desde o início da crise na segurança, o governo federal enviou cem homens da Força Nacional para auxiliar no patrulhamento. Eles se juntaram aos 120 integrantes da Força Nacional que já atuavam no estado.
O governador Robinson Faria (PSD) transferiu ao Exército a responsabilidade pela coordenação das forças de segurança estadual, em decreto publicado neste sábado (30).
G1
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