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Ministro do TSE revoga decisão que tentou censurar artistas no Lollapaloosa

A Justiça tinha alegado que as falas da artista Pabllo Vittar a favor do ex-presidente Lula configuravam propaganda eleitoral antecipada. Na decisão, o ministro havia estipulado multa de R$ 50 mil ao festival toda vez que houvesse desobediência da determinação

Por Luiz Adriano

29/03/2022 às 10h53

Festival Lollapalooza 2022 com a faixa "Fora Bolsonaro". (Foto: reprodução/Blog do Sena).

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Raul Araújo, que havia atendido a um pedido do Partido Liberal (PL), e proibido manifestações consideradas eleitorais no festival Lollapalooza, que aconteceu em São Paulo no último fim de semana, voltou atrás em sua decisão e revogou a própria liminar na noite desta segunda-feira (28).

A atitude do ministro se deu após a desistência da ação por parte do PL, agremiação que o presidente da república Jair Bolsonaro faz parte. O partido não quis mais persistir após repercussão negativa por parte de vários artistas.

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Conforme a Folha de São Paulo, o próprio presidente teria ordenado o recuo após a negatividade da ação.

RELEMBRE

No domingo (27), o ministro Raul Araújo, do TSE, proibiu as manifestações após o PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, acionar a Justiça alegando que as falas da artista Pabllo Vittar a favor do ex-presidente Lula configuravam propaganda eleitoral antecipada. O ministro também estipulou multa de R$ 50 mil ao festival toda vez que houvesse desobediência da determinação. A organização do evento recorreu.

Efeito contrário

Após a polêmica, diversos outros artistas que se apresentaram no Lollapalooza em seguida apoiaram Pabllo Vittar e desobedeceram a decisão do ministro Raul Araújo. A maioria não citou explicitamente o ex-presidente Lula, mas se manifestou contra o presidente Jair Bolsonaro e contra o que eles consideraram ser um ato de censura.

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