VÍDEO: Padre critica deputados e senadores sobre descriminalização da maconha: “Um Congresso Nacional omisso”
Para o religioso, a postura do STF teria que ter partido do Congresso Nacional, mas segundo ele, houve omissão por parte dos parlamentares, porque "essa decisão pode perder muito voto"
O padre Francivaldo Albuquerque foi entrevistado no programa Olho Vivo da TV e Rede Diário do Sertão, e falou sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), ao ter fixado em 40 gramas ou seis plantas fêmeas de Cannabis sativa, a quantidade de maconha para caracterizar porte para uso pessoal e diferenciar usuários e traficantes.
Para o religioso, a postura do STF teria que ter partido do Congresso Nacional, mas segundo ele, houve omissão por parte dos parlamentares, porque “essa decisão pode perder muito voto”.
“Um Congresso Nacional omisso”, disse o padre ao argumentar que a decisão da Corte foi acertada porque vai obrigar os deputados e senadores a tomarem uma atitude. “Eles foram omissos, e ai o Supremo não ia ficar sem tomar uma decisão”, disse.
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“Acho que o Supremo foi correto nisso ai porque a partir dessa decisão dele, a Câmara e o Senado vão ter que se posicionar, a imprensa, a sociedade como um todo, para que a gente chegue a partir de uma ampla discussão, talvez, um ponto de saída”, defendeu.
“Já vem de muito tempo. Essa Câmara não teve tempo, e o Senado, para votar isso há tantos anos, e por que vem se arrastando até agora? Agora é que a discussão vai começar”, falou o padre que em seguida deixou uma palavra de reflexão para toda a sociedade.
“É preciso a sociedade como um todo se envolver de forma solidária, inteligente, sem acusar, sem rotular ninguém”, concluiu.
DECISÃO DO SUPREMO
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta quarta-feira (26), fixar em 40 gramas ou seis plantas fêmeas de Cannabis sativa a quantidade de maconha para caracterizar porte para uso pessoal e diferenciar usuários e traficantes.
A definição é um desdobramento do julgamento no qual a Corte decidiu nesta terça-feira (25) descriminalizar o porte de maconha para uso pessoal.
O cálculo foi feito com base nos votos dos ministros que fixaram a quantia entre 25 e 60 gramas nos votos favoráveis à descriminalização. A partir de uma média entre as sugestões, a quantidade de 40 gramas foi fixada.
ENTENDA:
A descriminalização não legaliza o uso da droga. O porte de maconha continua como comportamento ilícito, ou seja, permanece proibido fumar a droga em local público, mas as consequências do porte passam a ter natureza administrativa, e não criminal.
A decisão não impede abordagens policiais, e a apreensão da droga poderá ser realizada pelos agentes. Nesses casos, os policiais deverão notificar o usuário para comparecer à Justiça.
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