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VÍDEO: Engenheiro lamenta falta de incentivo do Governo para revitalização de imóveis antigos no Brasil

Segundo o profissional, para resolver o grande problema de abandono desses imóveis, seria necessário uma contrapartida do Governo em incentivar às pessoas a investirem nesses prédios

Por Luiz Adriano

27/02/2025 às 18h46 • atualizado em 27/02/2025 às 18h57

O engenheiro Fernando Figueredo, na sua coluna semanal ‘Diário de Obras’, no programa Olho Vivo, da Rede Diário do Sertão, nesta quinta-feira (27), comentou a respeito de prédios tombados, patrimônios históricos que têm sido abandonados, principalmente nos Centros de alguns municípios brasileiros.

Ele deu destaque para uma linha de crédito especial lançada nos últimos dias pela Caixa Econômica Federal, que tem o objetivo de revitalizar prédios antigos. Segundo o profissional, para resolver o grande problema de abandono desses imóveis, seria necessário uma contrapartida do Governo em incentivar às pessoas a investirem nesses prédios.

Ele deu o exemplo dos Estados Unidos, em que o cidadão por exemplo, recebe 20% de desconto em tributos para revitalizar um determinado prédio histórico e utilizá-lo como comércio.

No Brasil, devido a uma certa cultura de preservação dos Centros Históricos, Fernando explica que há uma barreira de opiniões quando alguém deseja investir e revitalizar um prédio antigo, no entanto, para o engenheiro, a apresentação de um projeto de revitalização ao órgão competente, seja ele municipal, estadual ou federal, com toda estrutura necessária e o governo dando seu apoio com a redução dos impostos, seria uma grande saída.

“Essa, na minha concepção, era a melhor forma de preservar o nosso Patrimônio Histórico que eu acho que é a vontade de todo mundo”, pontuou.

Extremismo – O profissional explica que a legislação brasileiro atrapalha a ponto de chegar a um certo exagero. “Existe uma linha meio extremista nessa parte do Patrimônio Histórico que é a preservação a todo e a qualquer custo, onde até as ruínas, até quando ele cai ele faz parte de uma concepção histórica, e isso academicamente falando, seria até possível, seria até viável, mas na prática o que a gente enxerga é abandono, locais completamente abandonados”, criticou.

Prejuízo para herdeiros – Outro ponto que Fernando Figueiredo deu detalhes, é a respeito de que muitas vezes as famílias não têm como reformar os imóveis e não continuam a morar ou mesmo a manter um comércio por exemplo, no local, e devido a antiguidade, os prédios são tombados pelo poder público e isso traz prejuízo financeiro aos legítimos herdeiros.

“Os Herdeiros, os filhos, os netos, não tocaram adiante esses imóveis e até se mudaram da cidade, então, não têm mais como manter aquele local. Eles acabam em situação de abandono. Onde é que a legislação entra aí? Quando o órgão vem e faz o tombamento como Patrimônio Histórico. É uma punição para quem é dono desses imóveis, porque desvaloriza e eles não conseguem vender e não têm recurso financeiro para reformar, e em contrapartida não recebem incentivos do governo”, pontuou.

Fernando deu exemplo de que a família não recebe um investimento para uma revitalização do imóvel e o prédio fica em situação de abandono, e os herdeiros ficam impossibilitados de poder comercializar. “O processo de tombamento como Patrimônio Histórico puniu eles, prejudicou, porque o imóvel não foi valorizado, pelo contrário, ele sofreu um processo de desvalorização”, disse o profissional.

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