Deputada questiona pontos da reforma da Previdência que prejudicam o homem do campo: “Injustiça social”
Para a parlamentar, as mudanças propostas pelo Governo Federal devem gerar uma grande injustiça social.
A deputada estadual Doutora Paula (Progressistas) defendeu nesta sexta-feira (26) a união da bancada federal paraibana para evitar possíveis injustiças dentro da reforma da Previdência, principalmente em pontos que tratam sobre a os trabalhadores rurais e o pagamento Benefício de Prestação Continuada (BPC). Para a parlamentar, as mudanças propostas pelo Governo Federal devem gerar uma grande injustiça social.
“Os nossos deputados e senadores não podem se acovardar diante de tanta injustiça social. É preciso lutar para que os trabalhadores continuem com seus direitos adquiridos e que os idosos possam garantir o BPC na sua totalidade, da forma que é hoje. Não sou contra a reforma, mas não posso admitir essa injustiça que estão tentando fazer com o homem do campo”, afirmou a deputada durante audiência pública realizada pela Câmara Municipal de Uiraúna.
Se as mudanças propostas pelo governo no sistema previdenciário forem mantidas na negociação com o Congresso, um pequeno produtor ou trabalhador rural não poderá mais se aposentar por idade, sem nunca ter contribuído. O jovem que entrar hoje no mercado rural ou um pequeno produtor, no regime familiar, terá de contribuir com 20 anos, no mínimo, para conseguir a aposentadoria.
No caso do BPC, a reforma da Previdência prevê aumentar a idade mínima do BPC para 70 anos. Antes disso, a população em situação de extrema pobreza poderia receber R$ 400 quando completasse 60 anos.
As mudanças no BPC e aposentadoria rural geraram críticas ao governo e a retirada delas do texto tem amplo apoio no Congresso e entre governadores. No fim de março, líderes de 13 partidos manifestaram apoio à aprovação da reforma da Previdência, mas defenderam a retirada de alterações no BPC, pago a idosos de baixa renda, e na aposentadoria rural.
“Ao invés de contribuírem para que os homens do campo, que contribuírem diretamente para o crescimento do Brasil, e para que os idosos tivessem a garantia de um envelhecimento seguro, tentam tirar seus direitos. Isso me trás uma indignação sem tamanho”, desabafou Doutora Paula.
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