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VÍDEO: Sessão tumultuada na Paraíba tem professora expulsa e repórter acusando vereador de agressão

Sessão discutiria a aprovação de um novo conselho municipal de educação, mas o presidente da Câmara alega que não recebeu ofício solicitando reunião extraordinária

Por Jocivan Pinheiro

05/04/2021 às 17h47 • atualizado em 05/04/2021 às 18h01

Uma sessão extraordinária na Câmara Municipal de Juarez Távora, a 78 km de João Pessoa, foi marcada por tumulto neste domingo (4). Uma professora diz que foi expulsa da sessão e um repórter de site de notícias afirma que foi agredido por um vereador.

A sessão seria para discutir a aprovação do Conselho de Acompanhamento e Controle Social do Fundo Nacional de Manutenção Básica (Fundeb). No entanto, o presidente da Câmara, Augusto Bezerra (PSD), alega que não recebeu ofício solicitando a realização da sessão extraordinária.

Um vídeo feito por populares na porta da Câmara mostra uma professora revoltada porque não pôde acompanhar a sessão dentro da casa. A mulher acusa o presidente de tê-la expulsado e faltado com respeito com ela. Mas a alegação da Câmara é que, por causa das medidas contra a Covid-19, o plenário está restrito apenas aos parlamentares.

Em outro vídeo, o repórter Anderson Silva, que fazia a cobertura da sessão para um site de notícias, afirma que foi agredido pelo vereador Wagner Paredão (PSD) com um tapa na nuca sem motivo aparente. Até o momento, o vereador não se pronunciou sobre a acusação.

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Augusto Bezerra, presidente da Câmara de Juarez Távora

O projeto

O Projeto de Lei 002/2021, que trata sobre a formação do CACS, foi encaminhado à Câmara no dia 26 de março para aprovação em caráter de urgência. Os aliados da gestão municipal afirmam que solicitaram uma votação extraordinária por duas vezes, mas, segundo eles, o presidente barrou através de manobras internas.

A resposta

Em um vídeo postado nas redes sociais, o presidente da Câmara, Augusto Bezerra, alega que não foi comunicado sobre a sessão extraordinária para discutir o projeto 002/2021 e contesta o caráter de urgência da votação.

“O projeto da reestruturação do Conselho Municipal, que revoga a Lei 340, foi formulado dia 15 de março, assinado pelo prefeito Wilson [Solidariedade], mas só chegou à Camara, juntamente com o projeto do secretariado, dia 26 de março. Se tivesse tanta urgência nesse projeto, por que se passaram onze dias com esse projeto, já que foi elaborado dia 15 de março”, indagou.

Em seguida, ele garantiu que sua base aliada na Câmara está disposta a aprovar o Conselho e dar aumento salarial para os professores.

“Quero dizer para vocês que Augusto [ele próprio], Geraldo [Araújo, do PSD], Vagner [Paredão] e Almir [de Tumé, do PSD] sempre andaram com a verdade. É triste e lamentável fatos como esse acontecerem no nosso município, onde o projeto 002 não diz que vai ter aumento de 60, 70%. Se vier projeto na casa para ter esses aumentos para os professores, com certeza iremos aprovar, porque sabemos da importância de vocês professores”.

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