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VÍDEO: Meteorologista explica chuvas antecipadas no Sertão da PB e diz se existem riscos para 2022

Mário Leitão é Mestre em Meteorologia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e Doutor pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)

Por Jocivan Pinheiro

29/12/2021 às 18h10 • atualizado em 29/12/2021 às 18h19

No programa Olho Vivo da Rede Diário do Sertão, nesta quarta-feira (29), o renomado meteorologista Mário Leitão, que é Mestre em Meteorologia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e Doutor pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), esclareceu dúvidas acerca do início precoce das chuvas no Sertão da Paraíba, as enchentes na Bahia e os riscos para o restante do Nordeste.

Segundo Mário Leitão, dois fenômenos climáticos simultâneos – La Niña no Oceano Pacífico e Pólo Negativo do Oceano Atlântico – estão antecipando chuvas no Semiárido brasileiro.

“É a condição meteorológica mais favorável à ocorrência de chuvas no Nordeste brasileiro. Por outro lado, soma-se a isso o evento que nós chamamos de Pólo Negativo do Atlântico, que são temperaturas mais quentes ao Sul do Equador do que ao Norte do Equador. Isso, junto com La Niña, forma a condição mais favorável à ocorrência de chuvas no Nordeste brasileiro, e em especial no Semiárido”, explicou o especialista.


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Meteorologista Mário Leitão (Foto: Divulgação)

A entrada de uma forte massa de umidade no continente através do Oceano Atlântico é o principal motivo das intensas chuvas que estão causando enchentes na Bahia.

“Ilhéus e Itabuna estão muito próximos do Oceano Atlântico, isso tem gerado essa formação de nuvens muito forte nessa região. Tudo isso se somando, forma uma faixa de nuvens que nós chamamos de Zona de Convergência do Atlântico Sul”, disse Mário Leitão.

Riscos para o Sertão?

Segundo Mário Leitão, existe potencial para que chuvas fortes também atinjam o Semiárido nordestino, mas ‘não necessariamente como na Bahia’. Em 2022, La Niña e o Pólo Negativo do Oceano Atlântico deverão ocasionar índices pluviométricos acima da média.

“Essa configuração meteorológica é a que produz, em média, cerca de 70% das chuvas no Semiárido nordestino. Então, quando nós temos essa situação favorável de uma La Niña no Oceano Pacífico e essa condição de Pólo Negativo do Oceano Atlântico, há uma intensificação muito grande da Zona de Convergência Intertropical e um índice bom de chuvas”.

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