Mãe busca filho que sumiu em ônibus submerso na tragédia de Petrópolis: “Quero abraçá-lo, mesmo morto”
Rafaela e Pedro estavam em um dos ônibus que foram arrastados pela enxurrada e ficaram submersos. Ela relata os momentos de pânico dentro do veículo
A tragédia provocada pelas enchentes em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, também ficará marcada por história particulares de muita dor e comoção. Entre as pessoas que perderam parentes ou ainda procuram por desaparecidos, está Rafaela Braga Pereira, 30, que procura o filho Pedro Henrique, de 8 anos, para abraçá-lo “mesmo morto”.
Rafaela e Pedro estavam em um dos ônibus que foram arrastados pela enxurrada e ficaram submersos. Ela relata os momentos de pânico dentro do veículo, quando só ouvia gritos de desespero e o barulho da água. Como se estivesse prevendo que algo pior aconteceria, o pequeno Rafael, chorando, começou a pedir desculpas à sua mãe.
“Parecia que estava sentindo que iria morrer ou que algo ruim ia acontecer. Ele pediu desculpas pelas coisas que fez. E eu respondi: ‘tá bom, meu filho'”, contou Rafaela.
Segundo ela, esse foi o último diálogo que teve com Pedro desde terça-feira (15), quando ele se tornou uma das pessoas desaparecidas na tragédia.
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Nesta semana, as chuvas causaram deslizamentos de terra, desabamentos de encostas e enxurradas. Até a última atualização, havia registro de 129 mortos e 218 desaparecidos. Os estragos deixaram a cidade em um cenário de guerra.
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