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Com título inédito no Brasil, Monteiro é escolhida Cidade Mundial do Artesanato para a Renda Renascença

Candidatura do município é fruto de parceria entre o Sebrae Paraíba, Governo do Estado e Prefeitura Municipal

Por Portal Diário com Assessoria de Imprensa SEBRAE-PB

24/05/2022 às 09h34

Centro de Referência da Renda Renascença (CRENÇA) - Foto: divulgação

Unindo, em suas tramas singulares, a cultura, a história e as tradições do Cariri paraibano, a renda renascença se tornou, nesta segunda-feira (23), um símbolo internacional do artesanato da Paraíba. Isso porque o município de Monteiro conquistou, de forma inédita no Brasil, o título de Cidade Mundial do Artesanato para a Renda Renascença. O reconhecimento, chancelado pelo Conselho Mundial de Artesanato, é fruto de um trabalho realizado através de parceria entre o Sebrae Paraíba, Governo do Estado e Prefeitura de Monteiro, que com o apoio de outras instituições conduziram o processo de candidatura da cidade.

De acordo com a gerente regional do Sebrae Paraíba em Monteiro, Madalena Arruda, a conquista do título é um coroamento do trabalho que diversos atores e instituições realizam no Cariri do estado há mais de 20 anos, em prol do reconhecimento e da valorização da renda renascença, não só enquanto símbolo cultural da região, mas também como indutora de uma cadeia produtiva responsável por geração de emprego e renda no Cariri.

“Esse título coroa todo um trabalho que se iniciou há mais de 20 anos, com o Pacto Novo Cariri, projeto que deu uma nova vida para a região. São mais de duas décadas de luta, em parceria com vários atores e com os principais protagonistas dessa história, que são os membros de todo esse arranjo produtivo, não só de Monteiro, mas de todos os municípios do Cariri que fazem parte dessa cadeia produtiva. A partir de agora, esse título representa uma nova vida e um novo momento de desenvolvimento para a região, sendo o mais importante de tudo isso a conquista de uma vida mais digna para as rendeiras do Cariri”, destacou.

Por sua vez, a gestora do Programa do Artesanato Paraibano (PAP), Marielza Rodriguez, enfatizou que o reconhecimento do Conselho Mundial de Artesanato é fruto dos diversos investimentos e ações que foram realizados no Cariri, sendo um dos mais importantes a criação do Centro de Referência da Renda Renascença (CRENÇA). Inaugurado no final do ano passado, o espaço nasceu com a proposta de valorizá-la e de contribuir, por meio de orientação e capacitação, para a sua preservação histórica e cultural.

Centro de Referência da Renda Renascença (CRENÇA) – Foto: divulgação

“Além do Governo do Estado, através de dois programas de sucesso, que são o PAP e o PROCASE, tivemos também investimentos do Sebrae, que atua firmemente no local, e da Prefeitura de Monteiro, que não mede esforços para que toda a produção tenha apoio e possa conquistar o mercado e a qualidade que merece. Além disso, temos a grande participação das próprias rendeiras, que continuam insistindo, resistindo e acreditando nos nossos projetos e nos nossos sonhos”, pontuou.

O título – Primeira cidade do Brasil a integrar a Rede de Cidades Artesãs do Conselho Mundial de Artesanato, Monteiro teve a sua candidatura estruturada através de um trabalho conjunto de diversas instituições, entre elas o Sebrae Paraíba, que realizou uma consultoria durante o processo. Com a conquista do título, a cidade representa toda a região do Cariri, especialmente os municípios de Zabelê, Camalaú, São João do Tigre e São Sebastião do Umbuzeiro, que concentram a maior parte das rendeiras do estado. Segundo estimativas de pesquisadores, mais de três mil artesãos permanecem produzindo este tipo de artesanato singular, que nasce do manuseio apenas de linha e de agulhas.

“A renda renascença não se trata de qualquer artesanato, uma vez que exige todo um processo, uma verdadeira trama em seu fazer, que se perpetua de geração em geração no Cariri paraibano. Segundo a história, arabescos, flores e folhas são os principais desenhos que foram passados às artesãs por suas bisavós, avós, mães e tias. Logo, essas mulheres continuam resistindo e preservando esse ofício e a nossa cultura”, concluiu Madalena Arruda.

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