Isolado, abatido e receoso, Bolsonaro evita Whatsapp e troca número de telefone, dizem aliados
Defesa do ex-presidente emitiu uma nota para afirmar que ele "sempre repudiou todos os atos ilegais e criminosos" e agiu como "defensor da Constituição e da democracia"
De acordo com matéria postada pelo portal O Globo neste sábado (14), pessoas próximas ao ex-presidente Jair Bolsonaro disseram que ele está cada vez mais abatido e evitando se comunicar por telefone e redes sociais. A reclusão se intensificou após os últimos acontecimentos envolvendo as investigações dos atos antidemocráticos em Brasília, especialmente a descoberta de uma minuta de decreto contra o resultado das eleições, que estava na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres; em seguida, a prisão de Torres que aconteceu neste sábado e agora a inclusão do próprio Bolsonaro no inquérito.
De acordo com a matéria assinada pela jornalista Jussara Soares, aliados informaram que Jair Bolsonaro diminuiu as conversas por Whatsapp, delegando aos filhos e aos assessores alguns assuntos, e até mudou o número de telefone. Isso porque o ex-presidente vê o cerco judicial se fechando e também já colhe os frutos do degaste político. No PL, partido de Bolsonaro, alguns aliados acreditam que ele perderá os direitos políticos.
Nesta sexta-feira, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu acolher o pedido da Procuradoria-Geral da República e incluiu Bolsonaro nas investigações dos atos terroristas em Brasília. O inquérito mira “autores intelectuais” e instigadores dos atos do dia 8.
Na sua decisão, Moraes cita um vídeo postado e depois excluído por Bolsonaro, em que ele ataca o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e questiona a legitimidade da vitória eleitoral do petista.
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Outro lado
Nesta sexta, a defesa de Bolsonaro emitiu uma nota para afirmar que ele “sempre repudiou todos os atos ilegais e criminosos” e agiu como “defensor da Constituição e da democracia”. Diz ainda que o ex-presidente “repudia veementemente os atos de vandalismo e depredação do patrimônio público” e insinua que os crimes foram cometidos por “infiltrados na manifestação”.
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