header top bar

section content

VÍDEO: Baixos salários e forte trabalho braçal têm afastado profissionais da construção civil, diz engenheiro

O colunista disse que a falta de profissionais faz a procura aumentar e consequentemente os preços ficam mais elevados. O profissional falou que os jovens têm se afastado cada vez mais da construção civil

Por Luiz Adriano

11/09/2024 às 17h56 • atualizado em 12/10/2024 às 22h04

Na coluna semanal Diário de Obras desta semana o engenheiro Fernando Figueiredo falou sobre a escassez de mão de obra na construção civil. Segundo o profissional, salários baixos e outras oportunidades que rendem valores iguais ou melhores com menos esforço físico, tem levado os trabalhadores a escolher outras profissões, principalmente os jovens.

Fernando deu o exemplo de um motoboy que faz entregas de delivery, que é uma profissão que não exige esforço como um trabalhador da construção civil, e financeiramente seria vantagem.

O colunista detalha tecnicamente que a falta de profissionais faz a procura aumentar e consequentemente os preços ficam mais elevados.

Falta tecnologia – De acordo com as explicações de Fernando Figueiredo, é necessário que o Brasil consiga atingir o nível de tecnologia de outros países desenvolvidos, e como resultado, diminuir a mão de obra que segundo ele, torna-se algo “desumano”.

“A gente tem que reduzir esses trabalhos braçais. Isso é uma necessidade da construção civil, porque atrapalha demais a própria vida dos trabalhadores, pegando muito peso, então a gente tem que reduzir essas cargas e facilitar o trabalho”, disse o engenheiro que em seguida enfatizou que tais tipos de atividades têm afastado a juventude das construções civis.

Fernando ressalta que tá faltando uma forma de conquistar os jovens. “Tem haver com saúde e segurança no trabalho. A gente tem que melhorar a qualidade de trabalho dessas pessoas, você não tem como passar o dia carregando 50 quilos nas costas, isso é desumano inclusive. A outra questão é o salário, essa eu tenho absoluta certeza que o mercado vai se ajustar. Tá diminuindo a quantidade de profissionais. Procure hoje na sua cidade um carpinteiro, um pedreiro para você vê a dificuldade de profissionais bom nessa área”, reforçou.

“O que é que a gente pode fazer? Se adiantar e montar um plano para que essas pessoas consigam trabalhar da melhor forma possível, para não ter um colapso total na estrutura de trabalho e a gente ter que fazer do zero. A gente já pode preparar o mercado para que ele absorva esses profissionais cada vez melhor, com esses dois pontos, a qualidade do trabalho e o salário equivalente ao trabalho que eles executam”, acrescentou.

Poder Público – Por último, o engenheiro disse que os políticos têm uma grande responsabilidade na adequação dos profissionais no mercado de trabalho. Segundo ele, os gestores precisam organizar um plano para absorver os trabalhadores.

“Vai aumentar o preço porque vai faltar profissionais de trabalho, então as pessoas não vão ter condições de construir. Vai gerar um problema absurdo. Nós temos total condição de prevê e fazer um plano de gestão para isso, agora, cabe aos gestores fazer esse plano para que ele absorva da melhor forma possível”, concluiu.

DIÁRIO DO SERTÃO

Recomendado pelo Google: