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VÍDEO: Parto de trigêmeos emociona família e profissionais na Maternidade Dr. Deodato Cartaxo, em Cajazeiras

A mãe que tem 30 anos e reside no Cristal I, em Cajazeiras, viveu a experiência da sua segunda gestação, que lhe proporcionou a alegria de gerar duas meninas e um menino

Por Diário do Sertão

14/03/2025 às 17h40 • atualizado em 14/03/2025 às 17h42

Na manhã desta sexta-feira (14), na Maternidade Dr. Deodato Cartaxo, setor integrante do Hospital Regional de Cajazeiras (HRC), foi registrado um parto trigemelar. Bruna Ribeiro Ramanho, de 30 anos, residente no Loteamento Cristal I, em Cajazeiras, viveu a experiência da sua segunda gestação, que lhe proporcionou a alegria de gerar duas meninas e um menino, os tão sonhados trigêmeos.

A cajazeirense demonstrou uma ansiedade imensa em receber as 3 crianças numa única gestação, mas expressou uma alegria imensurável. “Eu fiquei bem surpresa! Eu já tenho um menino de 10 anos de idade e agora foi uma notícia que você não espera. No início foi bem assustador, mas depois foi só alegria. É uma gestação bem diferente e uma experiência única, porque são três. Os sentimentos e os sintomas são triplicados ”, relatou.

Pré-natal – Raimundo Neto, médico residente em ginecologia obstetrícia pelo HUJB (Hospital Universitário Júlio Bandeira), esteve acompanhando a gestação de Bruna desde o pré-natal de alto risco. “Tivemos a oportunidade de acompanhar o processo de gestação e hoje estamos chegando ao resultado final no HRC, que é referência no Alto Sertão paraibano. É de suma importância essa parceria entre o HUJB e o HRC. Foi no HUJB que Bruna realizou as primeiras consultas”, afirmou.

Dra. Emmanuelle Lira, coordenadora do Setor de Pediatria do Hospital Regional de Cajazeiras, disse que a preparação para esse parto foi realizada há mais de uma semana, em virtude dos trigêmeos nascerem prematuros e necessitarem da UCIN (Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais).

“Foi necessário bloquear leitos, houve uma transferência de um bebê para o Hospital Regional de Sousa e as incubadoras foram liberadas para que essa mãe tivesse os três bebês dela na maternidade, com segurança”, afirma.

Foto: divulgação/Assessoria-HRC

De acordo com a direção da maternidade, todo o material de intubação e reanimação disponível para o parto foi reforçado e triplicado, a exemplo dos tubos, lâminas, sondas, entre outros. Vale ressaltar que toda a equipe foi reforçada para esse momento, contando com dois obstetras (Dr. Moisés Cartaxo e Dra. Morgyanna), dois médicos pediatras para o momento da recepção dos recém-nascidos (Dra. Emmanuelle e Dra. Ilana) e dois médicos residentes de pediatria (Dr. Júlio César e Dra. Mariana).

Além disso, ainda para este primeiro momento, o bloco cirúrgico contou com o apoio da equipe multiprofissional, com 3 enfermeiras, 3 berçaristas técnicas e 3 fisioterapeutas para proporcionar a melhor assistência, caso fosse necessário suporte ventilatório.

Foto: divulgação/Assessoria-HRC

Nascimentos – O primeiro gemelar nasceu às 10h23, sexo masculino e em posição cefálica. O segundo nasceu às 10h25, sexo feminino e em posição pélvica. O terceiro gemelar nasceu às 10h27min, sexo feminino e em posição pélvica empelicado. Ou seja, nasceu ainda dentro da bolsa amniótica, que no momento do parto, ainda não havia rompido.

Segundo as informações dadas pela equipe pediátrica, é um parto raro, assim como é raro uma gestação de trigêmeos sem inseminação e sem fertilização. “Sendo assim, hoje vivenciamos dois eventos raros em nossa unidade hospitalar: trigêmeos naturais e um bebê empelicado”, relata texto da assessoria.

Tamanho – Após o nascimento, a equipe multiprofissional ficou surpresa com os resultados positivos além do que foi almejado. O tamanho do bebês foi algo que surpreendeu a todos que estavam presentes, pois nasceram maiores do que foi visto na última ultrassonografia. Os recém-nascidos nasceram saudáveis, chorando e não houve a necessidade de intubação.

No momento, os bebês se encontram estáveis na UCIN, sob os cuidados da equipe plantonista e a mãe também se encontra dentro na normalidade, em alojamento conjunto.

Foto: divulgação/Assessoria-HRC

De acordo com o médico obstetra, Dr. Moisés Cartaxo, “esse acontecimento é apenas a ponta do iceberg de uma série de ações voltadas para a interiorização da Saúde e a melhoria, pela gestão, da rede de Assistência Materno-infantil do estado da Paraiba. A partir da integração da maternidade do HRC, por meio da Rede Escola, com o PNAR do HUJB, foi possível otimizar o cuidado dessa gestante, fazendo um acompanhamento ultrassonográfico minuncioso, que foi muito importante para a tomada de decisão e as condutas, além do cuidado obstétrico que foi compartilhado entre as instituições”.

Ele disse ainda que após a decisão sobre a interrupção da gestação, foi possível, junto da pediatria, organizar as equipes de assistência neonatal para cada bebê e assim prestar o cuidado adequado para os pacientes.

“Ações como essas, apesar de exigir um cuidado técnico delicado, demonstram como é possível, a partir do diálogo, da vontade profissional e do apoio da gestão proporcionar um cuidado diferenciado e fazer com que as nossas pacientes sejam cuidadas perto do lugar onde elas vivem, sem precisar se deslocar para grandes centros, pois nosso serviço não deixa a desejar em nada. Com certeza, estamos vivenciando o melhor momento na saúde e o SUS funciona efetivamente no Hospital Regional de Cajazeiras”, disse o profissional.

DIÁRIO DO SERTÃO

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