Repentista famoso por denunciar injustiças declama poesia para esposa de Lula e emociona sertanejos
Nascido no distrito de Bandarra, zona rual de São João do Rio do Peixe, José Emílio de Morais tem 40 anos só de repentista
Com o mundo globalizado e as tecnologias chegando em quase todos os rincões do país, é natural que o Sertão nordestino não seja mais o mesmo. Mudanças geográficas, econômicas e de comportamento estão formando cada vez mais um cenário diferente. Porém, algumas manifestações artísticas e culturas de tradição ainda são símbolos dessa região. Uma das principais, sem dúvida, é a poesia repentista.
Na região de Cajazeiras, apesar de os festivais serem cada vez mais raros, os poetas repentistas mantêm a tradição das cantorias, principalmente nas emissoras de rádio. Pelas ondas radiofônicas, os artistas do verso e da viola mandam suas mensagens líricas, bucólicas, saudosistas, mas também de cunho social e político. E quando o assunto é poesia repentista com viés sócio-político, o sãojoãonense José Emílio de Morais se destaca.
Nascido no distrito de Bandarra, zona rural de São João do Rio do Peixe, José Emílio tem 40 anos só de repentista, que ele considerada a sua profissão. No currículo, CD’s, livros, programas de rádio e festivais em vários estados. Atualmente canta e declama seus versos na Rádio Alto Piranhas.
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José Emílio é autor de poemas famosos que retratam injustiças sociais e acontecimentos políticos marcantes do Brasil, como “Depois da Transposição”, “O Impeachment” e “A Cara do Brasil”. Ele conta que no começo foi bastante difícil conquistar terreno entre os grandes poetas repentistas, mas graças ao talento, à fé e à perseverança, agora já tem um nome consagrado.
“Graças a Deus eu fui me equilibrando e hoje tenho vários CD’s, já promovi uns trinta festivais, tenho um livro que já aconteceu e estou com outro quase perfeito”, frisou o poeta.
Seu mais recente ‘poema político’ traça, em tom de homenagem, a história e o perfil do casal Lula e Marisa, o ex-presidente e a ex-primeira-dama da República. O poema foi escrito após a morte de Dona Marisa, que aconteceu em 3 de fevereiro desse ano (assista no vídeo acima).
Sobre o processo de criação dos seus repentes, José Emílio diz que “se o poeta não sonhar, ele não faz um poema, uma canção, não improvisa e não sabe nem se comunicar com o povo. Deus me ajudou muito e eu tenho sido feliz nesse termo, em conquistar minha platéia, de ser conhecido por esse mundão a fora.”
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