Atividade econômica cai 0,27% em setembro, diz Banco Central
Foi a maior queda anual da série do IBGE, iniciada em 1996 e que interrompeu o crescimento de três anos seguidos, de 2017 a 2019, quando o indicador acumulou alta de 4,6%
A atividade econômica brasileira teve variação negativa em setembro deste ano, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (16) pelo Banco Central (BC).
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) apresentou queda de 0,27% em setembro de 2021 em relação ao mês anterior, de acordo com os dados dessazonalizados (ajustados para o período), chegando a 138,56 pontos.
Na comparação com setembro de 2020, houve crescimento de 1,52% (sem ajuste para o período, já que a comparação é entre meses iguais).
No terceiro trimestre, comparado com os três meses anteriores, houve queda 0,14%.
Já na comparação com o período de julho a setembro do ano passado, IBC-Br apresentou crescimento de 3,91%.
No ano, foi registrada alta de 5,88%.
Em 12 meses encerrados em setembro, o indicador também ficou positivo, em 4,22%.
O índice é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira e ajuda o BC a tomar decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic, definida atualmente em 7,75% ao ano.
O IBC-Br incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: a indústria, o comércio e os serviços e a agropecuária, além do volume de impostos.
Entretanto, o indicador de atividade oficial é o Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No segundo trimestre deste ano, último dado divulgado pelo órgão, o PIB apresentou variação negativa de 0,1%.
No primeiro semestre, o PIB registrou alta de 6,4% e em 12 meses, acumulou alta de 1,8%.
A última estimativa do Ministério da Economia para o indicador, divulgada em setembro, é de crescimento de 5,3% em 2021.
Já a projeção do mercado financeiro para o PIB deste ano está em 4,88%.
Em 2020, em meio à pandemia de covid-19, o PIB do Brasil caiu 4,1%, totalizando R$ 7,4 trilhões.
Foi a maior queda anual da série do IBGE, iniciada em 1996 e que interrompeu o crescimento de três anos seguidos, de 2017 a 2019, quando o indicador acumulou alta de 4,6%.
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