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VÍDEO: Alexandre Costa sobre mudança na escala de trabalho: “Discussão é salutar, mas quem paga a conta?”

Empresário de Cajazeiras considera a PEC da escala de trabalho uma "cortina de fumaça". Ele defende que, nesse momento, o país discuta outros problemas prioritários, como por exemplo a reforma tributária

Por Luis Fernando Mifô

18/11/2024 às 18h03 • atualizado em 18/11/2024 às 18h08

O empresário Alexandre Costa, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Cajazeiras (CDL-CZ), no Sertão paraibano, considera a PEC da escala de trabalho uma “cortina de fumaça” da deputada Erika Hilton (PSOL-SP) e seus defensores.

A Proposta de Emenda à Constituição que quer alterar a escala 6×1 (seis dias de trabalho e um de folga) para 4×3 (quatro dias de trabalho e três de folga) já superou a quantidade mínima de assinaturas para iniciar a tramitação na Câmara dos Deputados.

Alexandre Costa, que é empresário do ramo de construção civil, avalia que, embora as escalas com carga-horária menor já sejam uma realidade em alguns países desenvolvidos, no Brasil essa proposta precisa de critérios bem discutidos e estabelecidos na implementação, de modo que despesas extras não recaiam sobre os empregadores. Ele teme que, se aprovada, a PEC provoque demissões e fechamento de empresas.

“A deputada Erika e os defensores dizem que é redução de carga de trabalho sem redução de salário. Isso implica em aumento de custo da empresa. Esse estudo, que nós já temos da Confederação do Comércio, gira em torno de 33%. Quem vai pagar esses 33%? O governo vai pagar? Vai pras costas de quem?”, questiona o empresário.

“Isso não quer dizer que eu seja contra. Inclusive, sou até a favor desse debate, que eu entendo como salutar. Mas não pode empurrar de goela abaixo, com pegadinhas, com falsas narrativas”, acrescenta Alexandre.

O empresário defende que, nesse momento, o país discuta outros problemas que ele considera prioritários, como por exemplo a reforma tributária. “Eu sou a favor da discussão, mas a minha discussão vai mais além. Eu quero analisar os impactos que vai gerar o fim da 6×1. Dizer por dizer é bom. Mas saber quem vai pagar a conta, é outra história.”

DIÁRIO DO SERTÃO

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