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VÍDEO: Lula diz que população tem que deixar de comprar o que está caro para controlar inflação

"Uma das coisas mais importantes para que a gente possa controlar o preço é o próprio povo", disse o presidente ao acrescentar que a sociedade terá que ser educada financeiramente

Por Luiz Adriano

07/02/2025 às 11h24 • atualizado em 07/02/2025 às 18h01

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nessa quinta-feira (6) durante fala à imprensa baiana, que a população brasileira precisa deixar de comprar o que está caro nos supermercados para que assim, haja controle na inflação.

“Uma das coisas mais importantes para que a gente possa controlar o preço é o próprio povo. Se você vai no supermercado e você desconfia que tal produto está caro, você não compra. Ora, se todo mundo tiver essa consciência e não comprar aquilo que acha que está caro, quem está vendendo vai ter que baixar para vender, senão vai estragar”, disse o presidente.

Lula afirmou também que seria desnecessário aconselhar o povo neste sentido, visto que tal atitude faz parte da sabedoria de cada um, mas aponta que a sociedade terá que ser educada financeiramente.

“Esse é um processo que a gente não precisa falar, porque isso é da sabedoria do ser humano. Eu não posso comprar aquilo que acho que está sendo exagerado o preço, então eu vou deixar na prateleira, não vou comprar, compro amanhã, compro outra coisa ou compro similar. Esse é um processo educacional que nós vamos ter que fazer com o povo brasileiro, porque é necessário que a gente faça isso. O povo não pode ser extorquido”, acrescentou.

O executivo nacional disse ainda que o problema é também em relação aos abusos dos próprios comerciantes que aumentam os valores sem uma justa causa.

“As pessoas não podem tirar proveito porque o povo está comprando. A pessoa sabe que a massa salarial cresceu, então aumenta o preço, sabe que o salário mínimo aumentou, então aumenta o preço. Não. É preciso que se tenha responsabilidade, em todos os setores da cadeia produtiva. Ninguém pode explorar ninguém. Se todo mundo for justo”, pontuou.

Por último, o gestor explica como tem sido a dinâmica da economia em sua administração. Ele relata que o foco é fazer com que haja possibilidade do povo ter seu sustento com o salário.

“Estamos incentivando o produtor a produzir mais, isso significa que vai ter mais produto. Estamos incentivando com salário aumentado, isso significa que vai ter mais comprador. Tudo isso é para a gente equilibrar o preço entre o produtor, o vendedor e o consumidor. Quando a gente tiver isso, a gente vai ter certeza que tudo vai ficar maravilhoso. E a minha briga é para tentar fazer com que os preços cheguem a caber dentro do salário do povo trabalhador”, finalizou.

Alta nos preços dos alimentos – De acordo com dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) e do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), alimentos e bebidas responderam por um terço da alta da inflação em 2024. Os valores dos alimentos tiveram reajuste de 7,69%, enquanto que a inflação teve aumento de 4,83%. Já a carne, aumentou 20,84%, chegando a maior alta desde 2019.

Conforme especialistas, algumas das explicações são decorrentes do excesso de chuva em regiões produtoras onde acaba afetando a oferta de hortifrútis, o aumento do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre os combustíveis, e ainda o reajuste do diesel.

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