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VÍDEO: Profissional da economia diz que tarifa imposta por Trump em aço e alumínio poderá afetar PIB do Brasil

Elan Nascimento explicou que a decisão de Trump tem um efeito global, e se tratando de Brasil, "o impacto é bastante relevante". Ele acredita que o diálogo entre os países trará resolução ao problema

Por Luiz Adriano

16/02/2025 às 12h31 • atualizado em 16/02/2025 às 12h38

No quadro Economia da última sexta-feira (14), no programa Olho Vivo, o assessor de investimentos Elan Nascimento comentou sobre os impactos que o Brasil poderá sofrer com a tarifa imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao assinar na última segunda-feira (10), ordens executivas de taxação de 25% sobre alumínio e aço a partir de 12 de março.

Elan Nascimento explicou que a decisão de Trump tem um efeito global, e se tratando de Brasil, “o impacto é bastante relevante”.

Segundo ele, em 2024, o Brasil foi o segundo maior fornecedor de aço e alumínio para os EUA, ficando atrás apenas do Canadá.

O colunista disse que caso a tarifa se concretize, as consequências negativas para o Brasil serão sentidas na Balança Comercial e no Produto Interno Bruto (PIB).

“Se isso se concretizar, isso de fato vai mexer com os números da nossa Balança Comercial (subtração: exportações menos importações). Com essas exportações vindo a diminuir, a nossa Balança Comercial pode ter um saldo superavitário menor, e isso impacta diretamente no PIB, pois quando se vai calcular o PIB, é levado em consideração o consumo das famílias, os gastos do governo, os investimentos empresariais no país e também o resultado da Balança Comercial”, explicou Elan.

O assessor de investimentos relata que caso a tarifa se concretize, haverá uma diminuição no crescimento econòmico e consequentemente, o Brasil teria que procurar em outros mercados, compradores para sua produção.

Negociações – Segundo o profissional da economia, a mesma atitude de Trump aconteceu na época dos Governos Michel Temer e Bolsonaro, mas após acordos, as pendências foram sanadas. Ele também deu exemplo de que há alguns dias, Trump tinha anunciado 15% de tarifa para qualquer produto mexicano e canadense, no entanto, por meio de negociação, houve uma suspensão da medida. Elan disse ainda que fato semelhante ocorreu também com a Austrália.

“Isso pode acontecer em relação a essa tarifa também, pelo menos uma diminuição. Se nós formos para a mesa de negociação, talvez essa tarifa de 25% sobre o alumínio e o aço que a gente exporta para os Estaos Unidos, não se concretize na prática”, pontuou.

“Acredito que ainda haverá negociações daqui para frente e só o tempo dirá se de fato essa tarifa de 25% vai ser de fato aplicada”, frisou.

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