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VÍDEO: Heron Cid diz que Governo Federal foi “incompetente” sobre fraude contra o INSS

A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União deflagraram na quarta (23) a Operação Sem Desconto, com o objetivo de combater um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões

Por Luiz Adriano

25/04/2025 às 19h22 • atualizado em 25/04/2025 às 19h25

Em seu comentário no programa Olho Vivo, na Rede Diário do Sertão, o jornalista Heron Cid falou sobre o esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões que chegam a um valor estimado de R$ 6,3 bilhões, no período entre 2019 e 2024.

O profissional da imprensa comentou sobre a decisão anunciada pela Controladoria Geral da União (CGU) que informou da postura tomada pelo governo federal ao suspender os descontos feitos por associações de aposentados e pensionistas, além da retenção dos valores que seriam repassados a essas entidades no mês maio.

Ele explicou também que “o INSS por sua vez, disse que vai elaborar um plano, um calendário para devolver os valores cobrados de forma indevida”, termo este criticado pelo comentarista.

“‘Forma indevida’ é um termo que só pode ser comparado a um eufemismo, para substituir dinheiro roubado de pessoas indefesas, pensionistas […], gente que está no final da vida, vivendo com pouco e mesmo assim não foi poupada por este tipo de bandidagem”, criticou.

Heron chamou o Governo Federal de “incompetente” e que “deixou a coisa correr frouxa por meses”. “Há muito tempo havia suspeitas de que entidades, sindicatos, federações com apoio criminoso de servidores do INSS estavam fazendo esse esquema”, disse.

O jornalista criticou a omissão dos órgãos federais e disse que o governo precisaria pedir desculpas às pessoas que foram prejudicadas.

“O Governo Federal promete agora devolver o leite derramado. Um leite que está azedo. O governo deveria ter a dignidade de reconhecer a incompetência, a omissão, e pedir desculpas ao povo brasileiro e às pessoas que foram lesadas e roubadas”, criticou Heron Cid.

ENTENDA

O ministro da Controladoria-Geral da União, Vinícius de Carvalho, anunciou nessa quinta-feira (24) a suspensão dos descontos feitos por associações de aposentados e pensionistas, além da retenção dos valores que seriam repassados a essas entidades em maio. O dinheiro será restituído aos beneficiários do INSS já no pagamento de junho.

A decisão foi tomada após a Operação Sem Desconto, deflagrada na quarta-feira (23), em parceria com a Polícia Federal. Durante a coletiva, o ministro reforçou que o objetivo neste momento é garantir que os beneficiários recebam a aposentadoria integral, sem qualquer tipo de desconto não autorizado.

A OPERAÇÃO

A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União deflagraram na quarta (23) a Operação Sem Desconto, com o objetivo de combater um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões.

Cerca de 700 policiais federais e 80 servidores da CGU cumpriram 211 mandados judiciais de busca e apreensão, ordens de sequestro de bens no valor de mais de R$ 1 bilhão e seis mandados de prisão temporária no Distrito Federal e nos estados de Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe. Seis servidores públicos foram afastados de suas funções.

As investigações identificaram a existência de irregularidades relacionadas aos descontos de mensalidades associativas aplicados sobre os benefícios previdenciários, principalmente aposentadorias e pensões, concedidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Até o momento, as entidades cobraram de aposentados e pensionistas o valor estimado de R$ 6,3 bilhões, no período entre 2019 e 2024.

Os investigados poderão responder pelos crimes de corrupção ativa, passiva, violação de sigilo funcional, falsificação de documento, organização criminosa e lavagem de capitais.

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