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Sindicato aprova paralisação dos professores da UFCG e participação na construção de greve geral

As decisões da assembleia da ADUFCG estão alinhadas às deliberações do recente 61º CONAD do ANDES-SN, realizado no período de 30/06 a 03/07, em Boa Vista (RR).

Por Diário do Sertão

22/07/2016 às 07h50 • atualizado em 22/07/2016 às 07h52

Reunião de paralisação das atividades na UFCG

Os professores da Universidade Federal de Campina Grande paralisarão suas atividades em 11 de agosto, Dia Nacional de Luta em Defesa da Educação Pública, e participarão da construção de uma greve geral para barrar os ataques do governo interino aos direitos dos trabalhadores. Estas foram as principais deliberações da assembleia geral da categoria, que ocorreu de forma simultânea nessa quinta-feira (21), nos campi da UFCG em Campina, Sumé e Cuité.

As decisões da assembleia da ADUFCG estão alinhadas às deliberações do recente 61º CONAD do ANDES-SN, realizado no período de 30/06 a 03/07, em Boa Vista (RR), incluindo a luta pelo Fora Temer!, contra o ajuste fiscal e a retirada dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e cortes nas políticas sociais, pela auditoria da dívida pública e contra a política de conciliação de classes.

A decisão de paralisar no dia 11 de agosto foi aprovada na assembleia da ADUFCG, após a diretoria da entidade apresentar como justificativa para a iniciativa sua aprovação no II Encontro Nacional de Educação e a sua ratificação no 61º CONAD, como uma forma de luta contra aos inúmeros ataques contra a educação pública e gratuita, entre eles o PL 867/2015, da “Escola Sem Partido”, além da iniciativa atender a necessidade de intensificação do combate a privatização da educação pública, com a construção de um projeto classista e democrático de educação, que se contrapõe totalmente ao atual Plano Nacional de Educação privatista.

Com a aprovação da paralisação em agosto, os professores também criaram uma comissão de mobilização que preparará uma jornada de debates, nos três turnos, sobre os impactos das iniciativas do governo interino contra a educação e os professores, envolvendo também os trabalhadores da educação estadual e municipal. A primeira reunião da comissão ocorrerá segunda-feira (25/07), a partir das 17h, no Auditório da ADUFCG.

A decisão da ADUFCG engajar-se na construção da Greve Geral foi aprovada por ampla maioria da assembleia, após vários professores realizarem análises sobre a atual conjuntura política, listando os inúmeros e constantes ataques aos direitos dos trabalhadores que estão sendo aprofundados e ampliados pelo governo interino e também a aprovação dessa iniciativa pelo 61º CONAD.

Os professores da UFCG aprovaram a construção da greve geral, ratificando o posicionamento do ANDES-SN, que se expressou na orientação sobre o tema definido no último CONAD da seguinte forma: “Fora Temer, contra o ajuste fiscal e a retirada dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e cortes nas políticas sociais. Pela auditoria da dívida pública. Contra a política de conciliação de classe. Rumo à greve geral!”. Também foi aprovada a realização de articulações para que as centrais CUT e CTB realizem em suas bases iniciativas para a construção da greve.

Setor das IFES
Ainda durante a assembleia, os professores aprovaram a ida de uma delegação de até cinco filiados para participar da próxima reunião do setor das IFES do ANDES-SN e das reuniões dos Grupos de Trabalho de Carreira, Políticas Educacionais e Ciência e Tecnologia, que ocorrerão no período de 05/08 a 07/08, em Brasília. Na delegação, estarão dois diretores da ADUFCG e até três professores da base do sindicato. Entre os que apresentaram seus nomes estão os professores Antônio Lisboa e Gonzalo Rojas, do Campus de Campina Grande e o professor José Irelânio, do Campus de Sumé.

CONAD
Durante o ponto de pauta de informes, o professor Gonzalo Rojas, que participou do 61º CONAD como um dos observadores da ADUFCG, apresentou uma análise política sobre a conjuntura do encontro e de suas principais deliberações, em especial da aprovação do Fora Temer!, da paralisação no dia 11 de agosto e da construção da greve geral.

Ainda durante esse ponto de pauta, participaram da assembleia o presidente em exercício da ADUEPB, Leonardo Soares, divulgando informações sobre a campanha salarial dos professores da UEPB e o representante da CSP Conlutas, David Lobão, com informações sobre o lançamento e atividades da Frente Nacional Contra o Projeto Escola sem Partido.

DIÁRIO DO SERTÃO com Ascom

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