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VÍDEO: Diretor da UFCG de Sousa avalia a greve: “Existem impactos, mas são meios de reivindicar direitos”

A principal reivindicação dos grevistas é reajuste salarial anual e reposição, mas ainda não houve acordo entre o Governo Federal e todos os sindicatos

Por Luis Fernando Mifô

31/05/2024 às 16h34 • atualizado em 31/05/2024 às 16h49

Professores e servidores técnico-administrativos de universidades federais e institutos federais seguem com o movimento grevista que abrange a maioria dos Estados brasileiros. Na Paraíba, servidores da UFPB e UFCG estão em greve desde o dia 11 de março. Posteriormente, se juntaram a eles os servidores e professores do IFPB. A última novidade é que os professores da UFPB também anunciaram greve, que deve começar na próxima segunda-feira (3). A reivindicação principal dos grevistas é reajuste salarial anual e reposição, mas ainda não houve acordo entre o Governo Federal e todos os sindicatos.

Em entrevista ao programa Olho Vivo da Rede Diário do Sertão, o diretor do campus da UFCG em Sousa, no Sertão paraibano, afirma que a paralisação agrava os atrasos que a pandemia ocasionou ao calendário acadêmico, mas ele reconhece que os servidores e docentes estão reivindicando a valorização da carreira que lhes é de direito.

“Os impactos vão existir, evidentemente, seja em Sousa, em Cajazeiras ou em qualquer rincão onde exista universidade. Mas a gente também tem que entender que são meios que o trabalhador tem de reivindicar seus direitos e melhores condições de trabalho”, disse o professor Jardel de Freitas Soares.

Campus da UFCG de Sousa

O Governo Federal propôs reajuste em duas parcelas previstas para 2025 (9%) e 2026 (3,5%), mas sem aumento em 2024. A contraproposta do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) é de reajuste de 3,69% em agosto de 2024; 9% em janeiro de 2025 e 5,16% em maio 2026.

O diretor do campus da UFCG de Sousa enfatiza que a insituição está tendo dificuldade de atualizar o calendário acadêmico desde a pandemia. Mas ele torce para um desfecho positivo para a greve nas próximas semanas.

“Enquanto não se resolve, vai ter alguns contingenciamentos; alguns objetivos e elementos que a gente quer vão atrasar um pouco mais. Já tivemos pandemia, cortes financeiros e agora juntamos com a greve. Mas nós não podemos perder a esperança que em breve essa celeuma entre governo e servidores seja resolvida”, disse Jardel de Freitas.

Ao menos 59 universidades filiadas ao Andes encontram-se em greve no momento. Já o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) aponta que a paralisação atinge mais de 560 unidades da rede federal de educação.

DIÁRIO DO SERTÃO

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