VÍDEO: Lula defende fim da greve, critica sindicalistas do tudo ou nada e lamenta prejuízos para os estudantes
Ainda em seu discurso Lula afirmou que muitos dirigentes sindicais "não têm coragem de encerrar a greve" e chamou de "não recusável" a proposta já apresentada pelo governo
O presidente Lula (PT) defendeu, nesta segunda-feira (10), o fim da greve dos professores e servidores técnico-administrativos da educação superior no Brasil. Segundo o presidente da República, “não há muita razão” para que a greve dure tanto tempo — 60 dias para os professores e 90 para os servidores.
Durante encontro com os reitores das Universidades e dos Institutos Federais, realizada no Palácio do Planalto, em Brasília, Lula defendeu a proposta do governo e o fim da greve.
“A greve, ela tem um tempo para começar e um tempo para terminar. A única coisa que não pode acontecer é que ela termine por inanição, porque as pessoas ficam desmoralizadas”, declarou o presidente, no fim do evento que destinou R$ 5,5 bilhões do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para as universidades, além de um acréscimo de R$ 400 milhões para o custeio das instituições.
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O governo fará uma complementação de R$ 400 milhões no orçamento das instituições federais de ensino, sendo R$ 279,2 milhões para as universidades, somando R$ 6,38 bilhões no orçamento total de 2024; e R$120,7 milhões para os institutos federais, totalizando R$ 2,72 bilhões. No total (soma das universidades com os institutos), o orçamento deste ano ficará em torno de R$ 9,1 bilhões, cerca de R$ 600 milhões a mais do que demandava a categoria.
“Eu era dirigente sindical, eu nasci no tudo ou nada. É 100% ou é nada. Muitas vezes, eu fiquei com nada. E eu acho que, nesse caso da educação, se vocês analisarem o conjunto da obra, não há muita razão para essa greve durar o tempo que ela está durando”, acrescentou o presidente.
AS PROPOSTAS ATÉ AGORA
O governo apresentou às duas categorias uma proposta de reajuste em 2025 e 2026 com impacto total no orçamento de R$ 10 bilhões. Porém, os grevistas defendem que haja reajuste ainda em 2024, o que o governo diz não ser possível.
“Eu só queria que levassem em conta o seguinte: o montante de recursos que a companheira Esther (Dweck, ministra da Gestão) colocou à disposição não é um montante recusável. Porque, se não, nós vamos falar de universidades e Institutos Federais, e os alunos esperam voltar para a sala de aula”, afirmou Lula.
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