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VÍDEO: Moradores criticam fechamento de escola na zona rural de Sousa, e secretária explica o motivo

O encerramento do funcionamento da escola gerou críticas de alguns moradores, embora a secretária tenha dito que quase todas as mães que compareceram à reunião que debateu o assunto foram favoráveis ao fechamento

Por Luis Fernando Mifô

10/02/2025 às 17h29 • atualizado em 10/02/2025 às 17h51

Durante o programa Cidade Notícia, da Rádio Líder FM, na manhã desta segunda-feira (10), a secretária de Educação do município de Sousa, Bruna Veras, apresentou a justificativa para o fechamento da Escola Maria Raquel Pinto Gadelha, no sítio Mãe D’Água, fundada há 30 anos.

O encerramento do funcionamento da escola gerou críticas de alguns moradores, embora a secretária tenha dito que quase todas as mães que compareceram à reunião que debateu o assunto foram favoráveis ao fechamento.

Segundo Bruna Veras, o modelo de ensino multisseriado – que ocorria devido à quantidade de alunos ser muito pequena naquela escola – estava prejudicando o aprendizado. Por essa razão, eles serão transferidos para a Escola Chico Mendes, recém-inaugurada na zona urbana e que possui 14 salas de aula. A Secretaria de Educação se comprometeu a disponibilizar transporte coletivo diário.

“A gente sabe que essas crianças têm total condição de alcançar resultados melhores; a gente sabe que os professores que fazem parte das escolas de multisseriado também têm condição e capacidade suficientes para ensinar. Só que o cenário no qual eles estão inseridos impede muitas vazes o avanço de resultados melhores, porque apenas um professor, geralmente, para administrar uma sala de aula de duas ou três séries ao mesmo tempo não tem como o ensino não ficar comprometido”, alega Bruna.

Escola Maria Raquel Pinto Gadelha, no sítio Mãe D’Água, em Sousa (Foto: Divulgação)

A secretária afirma que o fechamento da Escola Maria Raquel Pinto Gadelha não foi uma medida de contenção de despesas do Município; e que das 23 mães que estavam presentes na reunião, 22 assinaram a ata concordando.

“Pensando em dar qualidade de ensino, não só às crianças da cidade, mas também com as crianças do campo, a gente levou essa proposta”, ressalta Bruna Veras.

No Instagram, alguns moradores lamentaram o fechamento da escola. “Não tem verba? Tire os empregos que não fazem nada e coloque mais professores. A escola que existe há mais de 30 anos não pode fechar, não só ela como nenhuma escola. A educação em primeiro lugar”, diz uma das postagens à qual o Diário do Sertão teve acesso.

DIÁRIO DO SERTÃO

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