VÍDEO: Escritora prodígio, estudante de São João encanta com primeiro livro e postura de empoderamento
Expressiva nos gestos, articulada na fala, focada no que deseja e consciente da importância do que está realizando, a jovem Ana Lívia, de 13 anos de idade, entrega a energia de quem, certamente, já está contribuindo para mudar o mundo com a sua arte
Quando a gente ouve e vê a estudante e escritora Ana Lívia falar ao vivo no programa Nossa Gente, da TV Diário do Sertão, já dá para perceber que ela é diferente. Expressiva nos gestos, articulada na fala, focada no que deseja e consciente da importância do que está realizando, a jovem entrega a energia de quem, certamente, já está contribuindo para mudar o mundo com a sua arte – nesse caso, a literatura.
Ana Lívia, de apenas 13 anos de idade, acaba de publicar seu primeiro livro, de forma independente. ‘Mulher, Um Ser Capaz de Vencer’ é um livro infanto-juvenil de ficção, escrito através de uma narrativa simples, em um mundo imaginário com seres intrigantes inspirados em vivências da própria autora, que reside em São João do Rio do Peixe, cidade no Alto Sertão da Paraíba.
Quando o apresentador David Edson questiona se ela, com tão pouca idade, já acumula vivências suficientes para inspirar 11 capítulos de um livro literário, Ana Lívia explica que, às vezes, um pequeno acontecimento pode representar aprendizados e memórias marcantes dignas de relato em livro.
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“Às vezes são vídeos, filmes, coisas que acontecem no dia a dia, aí eu pego um pouquinho disso, um pouquinho daquilo. Coisas aleatórias da minha vida eu quis trazer praí”, ela conta, dando como exemplo o Capítulo 7, intitulado “O Jogo”.
“Nesse mesmo dia, antes de eu começar a escrever esse capítulo, na escola a gente tinha brincado desse jogo ‘Quem Sou Eu’. A partir desse jogo – que tinha sido a primeira vez que eu tinha brincado – surgiu meu interesse em escrever sobre ele.”
‘Mulher, Um Ser Capaz de Vencer’ traz uma linguagem de fácil compreensão. Seus 11 pequenos capítulos apresentam, através de uma narrativa simples, ficções entre mundos imaginários que se entrelaçam às vivências e personagens reais do cotidiano da autora.
“Não é somente ler, mas também escrever. Afinal, não adianta nada a gente apenas imaginas os personagens que estão em outras obras e não criar nossas próprias versões dos personagens”.
O imaginário infantil na obra
No processo de escrita do livro, já consciente de que a obra é infanto-juvenil e, portanto, permeia o imaginário de uma criança, Ana Lívia várias vezes pediu a opinião do seu irmão, o pequeno João Miguel, de apenas 8 anos de idade.
“Eu acredito que cada pessoa nasce com um dom de Deus, nasce com um propósito próprio de fazer a diferença em determinada área. O meu, eu acredito que já identifiquei e foi justamente essa questão de ler e de se comunicar. Já João Miguel ainda está nessa fase de descobrir qual é a missão dele e o que ele pode contribuir para melhorar o mundo e o meio onde ele vive. Não sei se ele vai escrever um livro. Mas eu tenho certeza que onde ele for, vai fazer a diferença.”
Influência da família
Nem toda família está disposta – ou tem condições para isso – a apoiar suas crianças e adolescentes quando elas demonstram, desde cedo, talentos e interesses que fogem do convencional em um mundo que nos pressiona a correr atrás muito mais de dinheiro do que do prazer de fazer o que ama. Pra sorte de Ana Lívia, ela sempre teve o incentivo da sua família.
A mãe, Luzia Batista, formada em Pedagogia e professora de escola pública, foi uma das influências para que Ana Lívia se apaixonasse pela leitura. Influência também exercida pela tia, Rosa Batista, que levava livros para a pequena sobrinha desde muito cedo.
“Minha mãe sempre entendeu a importância que tem a leitura e sempre me passou isso desde pequena. Embora ela não tivesse tanto o hábito de ler, ela sempre fez questão de que eu adquirisse esse hábito; e logo quando eu comecei a escrever, não foi diferente”, ela recorda.
Empoderamento e referências
Quando Ana Lívia cita, na entrevista, algumas de suas referências na literatura brasileira e mundial, a gente passa a entender por que ela é uma escritora prodígio que já dá sinais contundentes de que sua obra vai contribui com o empoderamento feminino ao longo dos anos.
“Vem camuflado nas entrelinhas esse tema que eu acho de suma importância. Mas, também, para as crianças desde pequenas sentirem interesse pela leitura e também começarem a entender o valor das mulheres na sociedade. Eu não vivi nada que me ocasionasse o desejo de falar isso, mas eu acredito que, principalmente, vem dos livros que eu lia. Livros como os de Carolina Maria de Jesus, Cora Coralina, Geni Guimarães, Malala Yousafzai e tantas outras mulheres.”
Para adquirir o livro, é possível entrar em contato com a autora e com seus pais pela mesma conta do Instagram, @analivia_2011, onde ela também dá dicas de leitura.
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