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Laudo aponta alto risco de novo rompimento de reservatório em município da Paraíba; MPPB cobra medidas

O relatório recebido pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) recomenda uma inspeção especializada e um plano de evacuação e alarmes para garantir a segurança dos moradores da localidade

Por José Dias Neto

24/09/2022 às 10h02 • atualizado em 24/09/2022 às 10h03

Reservatório em Pocinhos. Foto: MPPB

A Promotoria de Justiça de Pocinhos deu até 48 horas para que o município se manifeste acerca do laudo emitido pelo 2º Batalhão de Corpo de Bombeiros, que aponta alto risco de um novo rompimento nos tanques do reservatório da cidade. O relatório recebido pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) recomenda uma inspeção especializada e um plano de evacuação e alarmes para garantir a segurança dos moradores da localidade.

Diante disso, o MPPB determinou, nessa quinta-feira (24), em caráter de urgência, que a Prefeitura de Pocinhos fosse oficiada para que, dentro do prazo estabelecido, informe sobre as medidas adotadas para evitar a repetição do desastre registrado em maio deste ano.

A promotora de Justiça, Fabiana Alves Mueller, também converteu a Notícia de Fato 026.2022.000396 – instaurada em maio por ocasião do rompimento do reservatório que causou destruição e vítimas – em procedimento administrativo, devido a necessidade de acompanhamento da situação. Na época do acidente, a Promotoria de Justiça oficiou a Prefeitura de Pocinhos, a Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa), a Superintendência do Meio Ambiente (Sudema), dentre outros órgãos, para que informassem sobre os riscos e as providências tomadas para o atendimento à população vitimada.

“A Procuradoria-Geral do Município informou que os motivos que motivaram o rompimento do reservatório da localidade no Cajueiro ainda estavam sendo investigados e que o Município estava prestando assistência às famílias prejudicadas pelo desastre. A Vigilância Sanitária Municipal disse que visitou os tanques e arredores, verificando que foi realizada a remoção dos destroços e que os tanques que restaram possuíam uma pequena quantidade de água. Outros órgãos também se pronunciaram, mas foi o laudo do Corpo de Bombeiros que nos preocupou mais, inclusive, o órgão desaconselhou a utilização do local para quaisquer fins sem um laudo técnico do profissional competente. É muito importante que as famílias sejam alertadas desse risco e que as medidas para evitar um novo desastre sejam tomadas imediatamente”, disse Fabiana Mueller.

A Promotoria de Justiça está aguardando que a Prefeitura seja oficiada e que mande as respostas requeridas (com as medidas tomadas e cronograma detalhado) em 48 horas. A partir dessa notificação, o órgão ministerial poderá adotar a medida administrativa ou judicial mais adequada ao caso.

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