Após rejeição à proposta do governo federal, professores da UFPB decretam greve por tempo indeterminado
O anúncio foi feito em assembleia realizada no final da tarde da última quarta-feira (29), no Centro de Vivência do campus I, em João Pessoa. O início da greve está marcado para a próxima segunda-feira (3)
Professores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) anunciaram greve por tempo indeterminado, tendo início na próxima segunda-feira (3).
O anúncio foi feito em assembleia realizada no final da tarde da última quarta-feira (29), no Centro de Vivência do campus I, em João Pessoa. “A greve docente está deflagrada na UFPB. A decisão acabou de ser anunciada pela diretoria da ADUFPB”, diz postagem do Sindicato dos Professores da UFPB.
A informação ressalta que anterior à decisão, foi realizada uma rodada de assembleias nos campi de Areia e Bananeiras, sobre o mesmo tema, e o resultado final chegou a 167 votos favoráveis, 38 contrários e duas abstenções.
Participaram das reuniões, em todos os campi, um total de 207 professores e professoras, sendo 172 em João Pessoa, 18 em Areia e 17 em Bananeiras.
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Além da greve, os docentes aprovaram a realização da primeira reunião do Comando Local de Greve (CLG) às 15h da próxima segunda, na sede do sindicato, para traçar os encaminhamentos referentes à greve, e também a contraproposta construída pelo Comando Nacional de Greve (CNG) e protocalada no último dia 27.
“Hoje, decidimos pela greve; na próxima segunda-feira, aguardamos a nossa categoria para construirmos juntos um comando de greve forte e atuante, pois qualquer docente pode participar”, disse Cristiano Bonneau, presidente da ADUFPB.
“A ADUFPB sempre respeitou a decisão dos docentes, que haviam decidido, em assembleias anteriores, pelo indicativo de greve sem data. Fizemos todo o possível para que o processo de negociação tivesse outro encaminhamento, mas o governo nos deixou sem perspectiva”, acrescentou o secretário geral da entidade, Fernando Cunha.
Em João Pessoa, a assembleia contou com a participação tanto dos professores do campus I (que atuam nos cursos da unidade central, no Castelo Branco, quanto os da unidade do Centro de Ciências Jurídicas, em Santa Rita), quanto os dos campi IV (Litoral Norte) e V (Centro de Tecnologia e Desenvolvimento Regional, no bairro de Mangabeira). Vários estudantes também assistiram à reunião.
REJEIÇÃO À PROPOSTA DO GOVERNO
Em assembleia realizada no último dia 23, professores da UFPB rejeitaram a proposta apresentada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) na quinta rodada de negociação da Mesa Específica Temporária de Carreira que ocorreu no último dia 15.
O governo federal ofereceu um aumento de 9% em 2025 e 3,5% em 2026. Já a categoria docente defende o índice de 22,71% (perdas acumuladas desde 2016) como horizonte de recomposição para os próximos três anos, sendo 7,06% em 2024; 9% em janeiro de 2025; e 5,16% em maio de 2026.
Conforme postagem no Instagram do ADUFPB, “em todo o país, 57 Instituições Federais de Ensino já estão sem aula desde a deflagração da greve nacional, em 15 de abril”.
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