‘Morreu igual bandido’, desabafam parentes de médica baleada em tentativa de assalto no Maracanã
Segundo familiares, ela morava na Tijuca e estava indo para o trabalho, no percurso que faz todos os dias
Após fazer o reconhecimento do corpo da médica Danielle Vivian Lasmar de Almeida, de 50 anos, que morreu após ser baleada durante uma tentativa de assalto na manhã desta sexta-feira, no Maracanã, na Zona Norte do Rio, a família se diz revoltada com a forma violenta que ela morreu. Danielle ainda continuou dirigindo o carro, mesmo ferida, e, ao perder a consciência, acabou atropelando três pessoas. Os parentes revelam que três tiros atingiram o carro.
— Não tem ninguém para nos dar apoio aqui. Ela tem mãe, marido… e aí? Como é que fica? Ela morreu igual bandido. Parece que deram três tiros no carro — desabafou Cristiane de Almeida, cunhada da vítima.
Segundo familiares, ela morava na Tijuca e estava indo para o trabalho, no percurso que faz todos os dias:
— Ela estava no melhor momento da vida. Estava fazendo mestrado em administração hospitalar. Era uma pessoa ótima. Ajudava a todos. Nós não merecíamos isto — disse Cristiane.
Ela diz que agora a família pensa em deixar o país.
— Estamos pensando em sair do Brasil. Nós brasileiros não merecemos toda essa violência. Estamos em estado de choque. Pensamos que a situação fosse mudar — concluiu.
Na porta do Instituto Médico-Legal (IML), um grupo de 10 pessoas, entre amigos e parentes tentavam liberar o corpo da médica para o sepultamento. Além da questão burocrática eles relembravam as histórias de Danielle:
— Se acontecesse por uma questão de saúde, um infarto… Pelo menos não seria revoltante — lamentou uma outra pessoa da família, que não quis se identificar.
Portal dos Procurados divulgou um cartaz para ajudar a Delegacia de Homicídios da capital com informações que possam levar à identificação e à prisão dos envolvidos na morte de Danielle. Quem tiver qualquer informação a respeito da identificação e localização dos assassinos pode denunciar pelos seguintes canais: Whatsapp ou Telegram Portal dos Procurados: (21) 98849-6099; pelo Facebook/(inbox): https://www.facebook.com/procurados.org/; pela mesa de atendimento do Disque-Denúncia: (21) 2253-1177; ou pelo aplicativo para celular Disque Denúncia. O anonimato é garantido.
Crime aconteceu na manhã desta sexta-feira
Após ter sido baleada, Danielle ainda tentou fugir do bandido, que atirou e roubou um outro veículo que estava logo atrás. Mesmo ferida, ela continuou dirigindo por cerca de 400 metros até a Rua General Canabarro, no Maracanã, onde perdeu o controle do automóvel, subiu na calçada, derrubou um hidrante e acabou atropelando três pessoas. O carro ficou entre um poste e o muro. Ela morreu no local.
Ela era médica do trabalho, formada na Universidade Federal Fluminense, casada e tinha 51 anos. Danielle também já foi professora substituta do curso de Medicina na Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Antes da ocupação provisória na UFRJ, ela cursou medicina e se formou com a monografia focada na evolução radiológica dos pacientes que sofrem de silicose, após cinco anos de afastamento do trabalho.
Fonte: Felipe Grinberg - https://extra.globo.com/casos-de-policia/morreu-igual-bandido-desabafam-parentes-de-medica-baleada-em-tentativa-de-assalto-no-maracana-23656953.html
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