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Criança torturada na cidade de Boqueirão recebe alta médica e fica na guarda de tia na PB

Criança recebeu alta após passar um mês internada e pais continuam presos como suspeitos. Segundo PC, menino de 7 anos ficava acorrentado, sem comer e era queimado com velas.

Por Por Artur Lira, G1 PB

13/08/2019 às 09h50

Menino encontrado com desnutrição em Boqueirão, na Paraíba — Foto: Montagem/G1/Reprodução/TV Paraíba

O menino de 7 anos de idade que foi torturado na cidade de Boqueirão, no Cariri paraibano, está sob a guarda de uma tia. A guarda provisória foi concedida pela Justiça da Paraíba durante uma audiência realizada nesta segunda-feira (12). O menino que chegou a ser acorrentado e queimado com pingos de vela recebeu alta médica no último sábado (10), após passar um mês internado. A mãe e o padrasto dele foram presos como suspeitos.

A guarda provisória foi concedida de maneira emergencial após o menino sair do Hospital de Trauma de Campina Grande. Ele ficou internado após apresentar um quadro avançado de desnutrição e ainda vários ferimentos pelo corpo. A tia que ficou com a guarda foi quem se apresentou para buscar ele no Hospital, após a alta.

Ainda segundo o Ministério Público da Paraíba (MPPB), já foi aberto um processo de guarda definitiva. O caso também foi acompanhado pelo Conselho Tutelar de Boqueirão, que confirmou que a guarda definitiva está sendo direcionada para a tia que já está com o menino, na cidade de Boqueirão

A criança de 7 anos deu entrada no Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande no dia 10 de julho. De acordo com a Polícia Civil, a criança estaria sofrendo maus-tratos praticados pela mãe e pelo padrasto. O menino precisou passar por uma cirurgia plástica por causa das torturas.

Torturas
O laudo finalizado pelo Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (Numol) confirmou que a criança sofria agressões físicas prolongadas e contínuas, o que se configura como tortura. Em entrevista, o delegado Iasley Almeida, disse que a criança ficava acorrentada, apanhava e tinha as mãos queimadas com pingos de vela.

Conforme explica Márcio Leandro, chefe do Numol, no momento do exame o menino estava muito debilitado, desnutrido e com um quadro de anemia profunda. “Tinha lesões por todo corpo, nas costas e lesões nos glúteos, o que indica que ele passou bastante tempo imóvel, imobilizado, por estar acorrentado. As agressões foram tão prolongadas que se tornou tortura”, explica o chefe do Numol.

Prisão
A mãe do menino, e o padrasto dele foram presos por força de mandados de prisão preventiva expedidos a pedido da Polícia Civil. Durante audiência de custódia, a justiça decidiu por manter a prisão dos dois. Eles continuam presos.

Fonte: Por Artur Lira, G1 PB - https://g1.globo.com/pb/paraiba/noticia/2019/08/12/crianca-torturada-na-cidade-de-boqueirao-recebe-alta-medica-e-fica-na-guarda-de-tia-na-pb.ghtml

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