“Havia também marcas de mordidas pelo corpo”, diz delegado sobre bebê que foi espancado em João Pessoa
A mãe e o padrasto são os principais suspeitos da morte da criança. Ambos foram presos preventivamente; veja todo desfecho da coletiva de imprensa realizada pela Polícia Civil e PRF
Uma ação integrada entre a Polícia Civil da Paraíba, através de investigações da Delegacia de Homicídios de João Pessoa, e a Polícia Rodoviária Federal culminou com a prisão no posto da PRF em Café do Vento (BR-230) do padrasto da criança vítima de espancamentos, que veio a falecer no hospital de Trauma da Capital. A mãe da criança já havia sido presa quando a criança deu entrada no hospital.
A morte da criança aconteceu na última quinta-feira (31) e a prisão do homem de 22 anos foi realizada na sexta-feira (1º). O Inquérito que apurou o caso foi presidido pelo delegado Aldrovilli Grisi, mas o delegado titular de Homicídios da Capital, Rodolfo Santa Cruz, acompanhou o caso desde a denúncia do hospital sobre o possível espancamento até o desfecho com a prisão do padrasto da criança.
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Ainda na quinta-feira (31) a mãe da criança já havia sido presa e, em depoimento, confessou que a criança sofria espancamentos em casa. “A princípio, ela disse que no hospital que a criança, de apenas 1 ano e 4 meses, tinha sofrido uma queda da cama, mas logo foi constatado que havia sinais de espancamento”, disse o delegado Rodolfo Santa Cruz.
EXAMES CADAVÉRICOS
O delegado Aldrovillli Grisi detalhou como a Polícia chegou à conclusão do inquérito e solicitou a prisão preventiva dos suspeitos. “Tão logo fomos informados sobre as possíveis agressões, eu me dirigi até o Hospital de Trauma e, ao ver o corpo da criança no necrotério daquele hospital, pude perceber as manchas de espancamento. Solicitei a perícia ao IPC, que foi fundamental para concluirmos o inquérito”, ressaltou.
TESTEMUNHAS
As equipes da Delegacia de Homicídios foram até o local do crime e ouviram testemunhas, constatando com vizinhos que o casal já tinha histórico de violência doméstica. “Muitas pessoas disseram que as brigas eram comuns e que a criança chorava muito. Havia também marcas de mordidas pelo corpo da criança e outros tipos de agressão física. Por isso, é importante que a sociedade também se sinta parte da defesa dessas crianças e denunciem casos de agressão. O caso não aconteceu apenas na quinta-feira, mas já vinha ocorrendo há muito tempo dentro daquela casa”, alertou o delegado Aldrovilli Grisi.
Com as provas testemunhais e a comprovação da perícia sobre os espancamentos, o delegado representou pela prisão preventiva da mãe e do padrasto da criança. A prisão do padrasto só foi possível pela parceria da Polícia Civil com a Polícia Rodoviária Federal. “Não existe Segurança Pública sem parceria. Todas as forças de segurança devem se unir para que possamos combater a violência”, completou a inspetora e assessora de comunicação da PRF na Paraíba, Keila Melo.
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