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VÍDEO: Desembargador rejeita recurso de moradores e mantém reintegração de posse no Polo Turístico Cabo Branco

Conforme a Cinep, as construções irregulares causaram degradações ambientais dos lotes e alteração do projeto aprovado no entorno da Unidade de Conservação de Proteção Integral Parque das Trilhas

Por Luiz Adriano

24/03/2023 às 17h56

Após operação de reintegração de posse de áreas invadidas por empresários no complexo do Polo Turístico Cabo Branco, em João Pessoa, na manhã desta sexta-feira (24), moradores impetraram um recurso, no entanto foi rejeitado pelo desembargador José Ricardo Porto do Tribunal de Justiça da Paraíba.

Ele manteve a decisão da Justiça da 1ª Vara Cível da Comarca de João Pessoa que determinou a reintegração de posse em favor da Companhia de Desenvolvimento da Paraíba (CINEP).

O desembargador teve como base o disposto no artigo 932 do Código de Processo Civil: “incumbe ao relator não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida”.

De acordo com a Cinep, nas datas de 2 e 9 de setembro de 2021 e 29 e 30 de outubro do mesmo ano, foi constatada a invasão dos lotes, de sua propriedade.

Foto: reprodução/MaisPB

PARECER TÉCNICO

De acordo com o parecer técnico realizado pelo Departamento de Engenharia Ambiental da Companhia, após a ampla divulgação na mídia da retomada do projeto e a assinatura dos contratos referentes ao Polo Turístico Cabo Branco, o número de construções aumentou, totalizando 16 novas invasões a partir de março de 2020 até hoje.

Conforme a Cinep, as construções irregulares causaram degradações ambientais dos lotes e alteração do projeto aprovado no entorno da Unidade de Conservação de Proteção Integral Parque das Trilhas, também pertencente ao projeto do Polo Turístico Cabo Branco.

“A primeira degradação foi a construção de edificações em zona de amortecimento do Parque das Trilhas, que é uma Unidade de Conservação de proteção integral, contrariando o artigo 66 do Decreto nº 6514/2008, pois todas as construções foram realizadas sem alvará de construção junto ao município de João Pessoa e sem o licenciamento ambiental. Outra infração cometida foi a remoção da vegetação sem autorização do órgão ambiental competente. E com a ocupação da área de maneira irregular passamos a ter a geração de resíduos sólidos e o lançamento de esgoto, comprometendo a qualidade ambiental do solo e das águas na região” – explica o Chefe do Departamento de Engenharia Ambiental da Cinep, Ieure Rolim.

Após pedido feito pela Companhia, o juiz Josivaldo Félix determinou a reintegração de posse, cuja decisão foi executada na manhã desta sexta-feira (24) pelas forças de segurança do Estado.

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