VÍDEO: Na Paraíba, adolescente de 17 anos matou a mãe por asfixia com ajuda da namorada, diz delegado
A Autoridade Policial relatou que os suspeitos detalharam como foi o planejamento da execução do homicídio e ocultação do cadáver
O delegado seccional da 13ª DSPC, no Curimataú paraibano, Iasley Almeida, falou com exclusividade ao Portal Diário e deu detalhes do depoimento do adolescente, de 17 anos, filho da professora Honorina de Oliveira Costa, 43, o qual confessou ter matado sua genitora com a ajuda de sua namorada, 18.
Segundo a Autoridade Policial, ambos contaram os detalhes da execução do homicídio e da ocultação do cadáver da professora no Açude do Cais, na zona rural de Cuité. Ele disse que o casal planejou tudo e matou a mulher por asfixia.
“Inicialmente planejado para que isso fosse cometido com o auxílio da corda que adquiriram dias antes, mas como não conseguiram chegar ao final, acabou o filho de Honorina aplicando um golpe de ‘mata leão’, enquanto a comparsa sentasse sobre as pernas da professora evitando que ela se remexesse, e ficou lá apertando até que a mãe sufocasse e viesse a falecer. E logo em seguida, colocaram a professora na mala do carro e levaram até para o açude, porque o objetivo é que a mãe jamais fosse encontrada e que o corpo ficasse escondido debaixo das águas daquele açude, e para isso, acabaram inclusive fazendo ferimento no seu abdômen para que ela ficasse submersa nas águas do açude”, detalhou o delegado.
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INVESTIGAÇÕES
A investigação foi realizada pelo Núcleo de Homicídios da 13ª Delegacia Seccional, com sede em Picuí. De acordo com os levantamentos, Honorina estava em sua residência, no quarto, trabalhando no computador, quando foi surpreendida pela namorada do seu filho. A investigada invadiu a casa pelo muro do quintal e passou uma corda pelo pescoço da professora, na tentativa de asfixiá-la, mas houve luta corporal entre elas. O filho de Honorina, então, entrou no quarto e ajudou a namorada a matar a própria mãe.
Em seguida, os autores confessos do crime levaram o corpo da professora até um açude no município, em um carro, amarram os braços e as pernas da vítima e ainda aplicaram-lhe um golpe de faca no abdômen. Depois, jogaram o corpo no manancial, amarrado a pedras, como forma de fazer o cadáver afundar nas águas e dificultar as investigações.
‘ABANDONO’ SIMULADO
Ao sair da casa com o corpo de Honorina, o casal também levou no veículo uma mala com roupas e objetos pessoais da professora, para simular uma espécie de ‘abandono de lar’ por parte da vítima. O adolescente chegou a declarar aos policiais, no transcurso das investigações, que sua mãe teria dito que estava saindo de casa, pois “não aguentava mais conviver com o marido”. O depoimento, aliado a outras fortes evidências para o contexto, acabou resultando na prisão provisória do esposo de Honorina, que foi posto em liberdade com o advento de novas informações.
“Não é porque uma pessoa havia sido presa temporariamente que nós iríamos encerrar as investigações. Ainda havia muito o que apurar”, disse o delegado seccional Iasley Almeida, em entrevista coletiva à imprensa nesta quinta-feira, 25 de maio.
PRISÃO DO COMPANHEIRO
O companheiro de Honorina o qual é um policial militar reformado, havia sido preso como suspeito pela morte da docente em março deste ano, no entanto, após vir à tona a veracidade do caso, o homem foi solto.
De acordo com o delegado Rodrigo Monteiro, do Núcleo de Homicídios, o adolescente – temendo que a Polícia Civil descobrisse a farsa – passou a atribuir ao pai a morte de Honorina.
“Ele fez isso sem nenhum tipo de remorsos, alegando apenas que o pai dele é uma pessoa ‘ausente’. Ou seja, além de cometer o crime de forma cruel contra a mãe, ainda prejudicou o pai”, disse o delegado.
MOTIVAÇÃO
Durante seu interrogatório, o adolescente se limitou a dizer que “nutria um ódio pela mãe” desde o ano 2018, sem dar mais explicações. A Polícia Civil descobriu, no entanto, que o rapaz e a namorada são usuários de drogas, e Honorina não compactuava com esse tipo de comportamento.
O adolescente vai responder por ato infracional semelhante a homicídio qualificado e ocultação de cadáver. E a namorada, além dessas duas tipificações, vai responder ainda por corrupção de menores.
RELEMBRE
O corpo da professora foi retirado de dentro de um açude do município de Cuité por uma equipe do Corpo de Bombeiros em uma operação desencadeada na tarde do dia 5 de novembro do ano passado. A vítima estava desaparecida há 3 dias.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, a vítima estava com pernas e mãos amarradas e com outros sinais de violência.
Segundo a polícia, a vítima foi identificada pelo próprio companheiro. O corpo foi encontrado no Açude do Cais em estado avançado de decomposição.
De acordo com as investigações, o criminoso planejou a maneira de ocultar o cadáver amarrando pedras nas pernas e nos braços da vítima, com intuito de fazer com que o corpo ficasse submerso, e assim pudesse dar fim ao corpo e a mulher fosse dada por desaparecida. Conforme o delegado, a situação foi devidamente confirmada pela perícia no local.
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