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VÍDEO: Padre Egídio vai até o GAECO para prestar depoimento e decide se manter em silêncio

O religioso é o principal alvo sobre supostos fraudes na administração do Hospital Padre Zé, em João Pessoa, durante sua gestão como diretor da instituição

Por Luiz Adriano

01/11/2023 às 16h47 • atualizado em 01/11/2023 às 16h52

O Padre Egídio Carvalho foi até a sede do Ministério Público da Paraíba (MPPB), na manhã desta quarta-feira (1º) para prestar depoimento em relação à investigação onde ele é o principal alvo, sobre supostos fraudes na administração do Hospital Padre Zé, em João Pessoa, durante sua gestão como diretor da instituição.

Diante do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), o religioso decidiu ficar em silêncio. Ele chegou no referido local por volta das 9h, e às 10h se retirou sem nada comentar com a imprensa.

Ao Portal MaisPB, os advogados de defesa do padre Egídio informaram que a decisão de ficar calado diante dos investigadores, teria sido pelo motivo de que não foi disponibilizado as devidas razões que levaram os promotores a pedirem a prisão do sacerdote, que inclusive foi negada pelo juiz José Guedes na última segunda-feira (30).

Até a publicação desta matéria o Ministério Público não havia publicado nada a respeito do silêncio do padre.

Sede do Ministério Público da Paraíba onde estava o Padre Egídio Carvalho (Foto: Albemar Santos/MaisPB)

ENTENDA O CASO

Uma Operação policial foi desencadeada no último dia 5 de outubro onde foram cumpridos mandados judiciais de busca e apreensão expedidos pela 4ª Vara Criminal da Capital Paraibana, em endereços de três investigados, sendo oito na cidade de João Pessoa-PB, um no município de Conde-PB e dois em São Paulo-SP.

A ação teve como objetivo, investigar fatos que indicam possíveis condutas criminosas ocorridas no âmbito do Instituto São José, do Hospital Padre Zé e da Ação Social Arquidiocesana (ASA), em João Pessoa.

Segundo o Ministério Público da Paraíba (MPPB), as informações são de possíveis desvios de recursos públicos destinados a fins específicos, por meio da falsificação de documentos e do pagamento de propinas a funcionários vinculados às entidades investigadas.

De acordo com a força-tarefa, a investigação “aponta para uma absoluta e completa confusão patrimonial entre os bens e valores de propriedade das referidas pessoas jurídicas com um dos investigados, com uma considerável relação de imóveis atribuídos, aparentemente sem forma lícita de custeio, quase todos de elevado padrão, adornados e reformados com produtos de excelentes marcas de valores agregados altos”.

As condutas indicam a prática, em princípio, dos delitos de organização criminosa, lavagem de capitais, peculato e falsificação de documentos públicos e privados.

Após as denúncias se tornarem públicas em setembro último, o padre Egídio renunciou o cargo de diretor do Hospital Padre Zé e quem assumiu foi o padre George Batista.

Padre Egídio está sendo investigado por supostas fraudes no Hospital Padre Zé, em João Pessoa – foto: reprodução/internet

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