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Padre Egídio tem prisão mantida e é conduzido para presídio especial na zona sul de João Pessoa

Os outros mandados de prisão, sendo um da ex-tesoureira do Hospital Padre Zé, Amanda Duarte, e a ex-diretora administrativa da referida instituição, Jannyne Dantas, também foram cumpridos nesta sexta-feira (17)

Por Luiz Adriano

18/11/2023 às 16h09 • atualizado em 19/11/2023 às 11h32

Padre Egídio foi preso durante a Operação Indignus 2. Foto: Divulgação

O padre Egídio de Carvalho, preso no final da manhã desta sexta-feira (17) e conduzido para a Central de Polícia de João Pessoa, teve a prisão mantida após passar por audiência de custódia. Ele foi conduzido para uma cela especial no 5º Batalhão da Polícia Militar, que fica localizado no bairro do Valentina de Figueiredo, na zona sul de João Pessoa.

Conforme apurado pelo Portal Diário, o religioso se apresentou às autoridades na Capital paraibana e foi submetido a exames de corpo de delito antes de ser encaminhado para a delegacia.

Padre Egídio é acusado de participar de um esquema de desvios de recursos públicos estimados em cerca de R$ 140 milhões, operacionalizados através do Instituto São José, responsável pelo Hospital Padre Zé, e da Ação Social Arquidiocesana, e ocorreram entre 2013 e setembro deste ano.

Os outros mandados de prisão, sendo um da ex-tesoureira da instituição, Amanda Duarte, e a ex-diretora administrativa, Jannyne Dantas, também foram cumpridos nesta sexta-feira (17).

Jannyne Dantas foi conduzida ao presídio Maria Júlia Maranhão, em Mangabeira, também na zona sul da Capital. No caso de Amanda Duarte Silva Dantas, ela teve a prisão convertida em domiciliar devido a investigada possuir uma filha com menos de 1 ano, a qual ainda está em processo de amamentação.

INVESTIGAÇÃO

Os atos ilícitos investigados tiveram um impacto devastador em diversos programas sociais essenciais. Entre eles, a distribuição de refeições a moradores de rua, o amparo a famílias refugiadas da Venezuela, apoio a pacientes em pós-alta hospitalar, realização de cursos profissionalizantes, preparação de alunos para o ENEM, cuidados de pacientes com HIV/AIDS, entre outros. Além disso, as operações ilícitas afetaram gravemente o Hospital Padre Zé, comprometendo o atendimento a populações carentes e necessitadas.

ENTENDA O CASO

Uma Operação policial foi desencadeada no último dia 5 de outubro onde foram cumpridos mandados judiciais de busca e apreensão expedidos pela 4ª Vara Criminal da Capital Paraibana, em endereços de três investigados, sendo oito na cidade de João Pessoa-PB, um no município de Conde-PB e dois em São Paulo-SP.

A ação teve como objetivo, investigar fatos que indicam possíveis condutas criminosas ocorridas no âmbito do Instituto São José, do Hospital Padre Zé e da Ação Social Arquidiocesana (ASA), em João Pessoa.

Segundo o Ministério Público da Paraíba (MPPB), as informações são de possíveis desvios de recursos públicos destinados a fins específicos, por meio da falsificação de documentos e do pagamento de propinas a funcionários vinculados às entidades investigadas.

De acordo com a força-tarefa, a investigação “aponta para uma absoluta e completa confusão patrimonial entre os bens e valores de propriedade das referidas pessoas jurídicas com um dos investigados, com uma considerável relação de imóveis atribuídos, aparentemente sem forma lícita de custeio, quase todos de elevado padrão, adornados e reformados com produtos de excelentes marcas de valores agregados altos”.

As condutas indicam a prática, em princípio, dos delitos de organização criminosa, lavagem de capitais, peculato e falsificação de documentos públicos e privados.

Após as denúncias se tornarem públicas em setembro último, o padre Egídio renunciou o cargo de diretor do Hospital Padre Zé e quem assumiu foi o padre George Batista.

PORTAL DIÁRIO

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