VÍDEO: Defesa de ex-diretora do Hospital Padre Zé ingressa com mais um pedido de Habeas Corpus no STJ
Este foi o segundo Habeas Corpus emitido pela Defesa, pois em dezembro último, o STJ já havia negado o primeiro
A defesa de Jannyne Dantas, ex-diretora administrativa do Hospital Padre Zé, em João Pessoa, solicitou na noite deste domingo (4) mais um Habeas Corpus. Jannyne está presa no presídio Júlia Maranhão, no bairro de Mangabeira, na zona sul de João Pessoa, desde 17 de novembro do ano passado.
O documento foi direcionado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília. Este foi o segundo Habeas Corpus emitido pela Defesa, pois em dezembro último, o STJ já havia negado o primeiro.
Na última terça-feira (30) o Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) deu parecer favorável para a manutenção da prisão de Jannyne Dantas, bem como do Padre Egídio de Carvalho Neto e da ex-tesoureira do Hospital Padre Zé, Amanda Duarte, sendo que esta última, em prisão domiciliar.
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O Padre Egídio é acusado de participar de um esquema de desvios de recursos públicos estimados em cerca de R$ 140 milhões, que foram operacionalizados através do Instituto São José, responsável pelo Hospital Padre Zé em João Pessoa, e da Ação Social Arquidiocesana, e ocorreram entre 2013 e setembro de 2023.
Ele, Jannyne e Amanda foram presos no dia 17 de novembro do ano passado durante a Operação Indignus 2 deflagrada pelo GAECO. O religioso encontra-se detido em uma cela especial no 5º Batalhão da Polícia Militar, que fica localizado no bairro do Valentina de Figueiredo, na zona sul de João Pessoa.
ENTENDA
Uma Operação policial foi desencadeada no dia 5 de outubro de 2023 onde foram cumpridos mandados judiciais de busca e apreensão expedidos pela 4ª Vara Criminal da Capital Paraibana, em endereços de três investigados, sendo oito na cidade de João Pessoa-PB, um no município de Conde-PB e dois em São Paulo-SP.
A ação teve como objetivo, investigar fatos que indicam possíveis condutas criminosas ocorridas no âmbito do Instituto São José, do Hospital Padre Zé e da Ação Social Arquidiocesana (ASA), em João Pessoa.
Segundo o Ministério Público da Paraíba (MPPB), as informações são de possíveis desvios de recursos públicos destinados a fins específicos, por meio da falsificação de documentos e do pagamento de propinas a funcionários vinculados às entidades investigadas.
De acordo com a força-tarefa, a investigação “aponta para uma absoluta e completa confusão patrimonial entre os bens e valores de propriedade das referidas pessoas jurídicas com um dos investigados, com uma considerável relação de imóveis atribuídos, aparentemente sem forma lícita de custeio, quase todos de elevado padrão, adornados e reformados com produtos de excelentes marcas de valores agregados altos”.
As condutas indicam a prática, em princípio, dos delitos de organização criminosa, lavagem de capitais, peculato e falsificação de documentos públicos e privados.
Após as denúncias se tornarem públicas em setembro do ano passado, o padre Egídio renunciou o cargo de diretor do Hospital Padre Zé e quem assumiu foi o padre George Batista.
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