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VÍDEO: Delegado detalha prisão do casal da Braiscompany na Argentina: “Parentes estavam cientes”

Guilherme Torres explicou que o casal estava se mantendo com criptomoedas, plataforma que eles usavam para manter o esquema de pirâmide financeira através da Braiscompany

Por Portal Diário com MaisPB

01/03/2024 às 18h08 • atualizado em 01/03/2024 às 18h12

Presos na Argentina nessa quinta-feira (29), Antônio Inácio da Silva Neto, de 36 anos, e Fabrícia Campos Farias, proprietários da empresa Braiscompany, estavam vivendo no país vizinho com documentos que foram cedidos por familiares dos dois. Segundo o delegado Guilherme Torres, os “parentes estavam cientes e podem responder por ter cedido esses documentos”.

Durante a coletiva de imprensa realizada em João Pessoa, Torres explicou que o casal estava se mantendo com criptomoedas, plataforma que eles usavam para manter o esquema de pirâmide financeira através da Braiscompany. A investigação concluiu que a família chegou à Argentina através da via terrestre, na fronteira do Brasil.

O processo para o pedido de extradição do casal será conduzido pela 4ª Vara Federal de Campina Grande. Baseado na extradição de um outro membro do esquema, preso no mesmo país, o processo pode durar cerca de três meses, segundo o delgado.

O pedido é encaminhado para o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação, em Brasília, e posteriormente para a Argentina. Também o juiz da Paraíba definirá para qual presídio os réus serão encaminhados. “A gente não tem como afirmar exatamente o que vai acontecer, mas espera que seja mantida a prisão, até porque a 4ª Vara de Campina Grande está pedindo a extradição do casal”, disse o delegado.

A expectativa do delegado Guilherme Torres é de que a partir da prisão do casal, seja possível obter informações sobre bens para ressarcir as vítimas.

Antônio Inácio e Fabrícia Campos (Crédito: Reprodução/Redes Sociais)

A prisão

A Interpol prendeu Antônio e Fabrícia na cidade de Escobar, na Argentina. A informação foi publicada no site do jornal o Clarín e confirmada ao portal MaisPB por fontes da Polícia Federal.

O casal estava foragido há um ano, desde quando passaram a ser alvo de mandado de prisão da Justiça Federal em Campina Grande, onde funcionava a sede da empresa.

O paraibano é acusado de aplicar golpe de cerca de 400 milhões de dólares contra investidores a quem prometia lucros de até 10% ao mês. O esquema, de acordo com a investigação, era uma pirâmide financeira que levou muitos clientes à falência.

PORTAL DIÁRIO

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