Bolsonaro e mais 16 são indiciados pela Polícia Federal por fraude em cartão de vacinação para covid-19
Controladoria-Geral da União (CGU) já havia concluído que é falso o registro de imunização contra a doença que consta do cartão de vacinação do ex-presidente
A Polícia Federal (PF) indiciou nesta terça-feira (19) o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por fraude em cartão de vacinação para covid-19.
Em janeiro, a Controladoria-Geral da União (CGU) já havia concluído que é falso o registro de imunização que consta do cartão de vacinação de Bolsonaro.
Dados atuais do Ministério da Saúde, que aparecem no cartão de vacinação, apontam que o ex-presidente se vacinou em 19 de julho de 2021 na Unidade Básica de Saúde (UBS) Parque Peruche, em São Paulo.
Mas a CGU constatou que Bolsonaro não estava na capital paulista nessa data e que o lote de vacinação que consta no sistema da pasta não estava disponível naquela data na referida UBS.
Além de Bolsonaro, outras 16 pessoas também foram indiciadas. Entre elas estão o tenente-coronel Mauro Cid, a esposa dele e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ).
A PF entendeu que já existem elementos suficientes para apontar responsáveis pelos crimes de associação criminosa, inserção de dados falsos em sistema de informações e documentos falsos.
Em seu perfil no X (antigo Twitter), o advogado de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, não comentou sobre o indiciamento, apenas criticou o fato de a informação ter sido divulgada por veículos de comunicação antes da própria Polícia Federal.
Já o irmão do deputado Gutemberg Reis disse ao g1 que o parlamentar “nunca se meteu em vacina” e “não fazia parte do governo”. Ele classificou a investigação como sendo “política” e disse que seu irmão vai recorrer à Justiça.
A defesa de Mauro Cid ainda não se manifestou.
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