VÍDEO: Contexto do assassinato de Marielle envolve disputas de loteamentos e territórios de milícias, diz PF

O relatório final da Polícia Federal aponta que assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em 2018 foi um crime de natureza política que envolve disputa por loteamentos, territórios de milícias e outros contextos aos quais a vereadora era tida como um obstáculo devido à sua postura combativa contra o crime organizado.

Os depoimentos do ex-policial militar Ronnie Lessa, autor dos disparos, foram fundamentais para que a Polícia Federal chegasse, enfim, aos suspeitos.

Foram presos Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio; o irmão dele, Chiquinho Brazão, que é deputado federal, ambos suspeitos de serem os mandantes do crime. Também foi preso o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil do Rio, suspeito de ajudar a planejar o crime e articular a obstrução das investigações.

Em coletiva de imprensa, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, disse que a prisão dos mandantes é vitória do Estado brasileiro e das forças de segurança contra o crime organizado.

“Esta etapa mais importante das investigações foi vencida a partr da eleição e da posse do novo governo e quando, com muita disposição e energia, se colocou a Polícia Federal, já com meu antecessor, o ministro Flávio Dino, a serviço da elucidação desse crime depois de quase cinco anos de investigações infrutíferas pela Polícia Civil do Rio”, disse o ministro.

O advogado de Domingos e Chiquinho Brazão afirmou à imprensa que tem certeza que eles são inocentes e nega qualquer envolvimento dos dois com os personagens citados. Já o advogado de Rivaldo Barbosa disse que seu cliente não obstruiu as investigações e que foi na administração de Rivaldo que Ronnie Lessa foi preso.

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