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TJ marca julgamento de mãe que jogou o próprio filho deficiente dentro de cisterna cheia d’água na Paraíba

Conforme os autos, a ré praticou o ato mesmo sabendo que o rapaz poderia morrer afogado, já que a vítima não sabia nadar. Ela foi presa em flagrante delito na época do fato, em setembro de 2016

Por Portal Diário com GECOM - TJPB

07/04/2024 às 18h11 • atualizado em 07/04/2024 às 18h16

Imagem ilustrativa - reprodução/Pixabay

No próximo dia 29 deste mês, uma segunda-feira, terá início o julgamento da ré Ivonete Pereira da Silva, pronunciada no Juízo do 1º Tribunal do Júri da Comarca de Campina Grande, pelo homicídio de seu filho. A vítima era portadora de deficiência intelectual e, na época do crime, tinha 21 anos de idade. Quem vai presidir o julgamento é o juiz que responde pelo 1º Tribunal do Júri de Campina, Fabrício Meira Macedo. O caso chocou os moradores da região da Borborema, Agreste paraibano.

De acordo com os autos, o fato aconteceu no dia 4 de setembro de 2016, por volta das 6h30, no Sítio Canta Galo, Município de Massaranduba. O processo informa que a ré teria jogado seu próprio filho em uma cisterna cheia d’água, mesmo sabendo que o rapaz poderia morrer afogado, já que a vítima não sabia nadar. A ré foi presa em flagrante delito.

“A decisão de pronúncia não encerra um juízo de culpabilidade, mas, tão somente, de admissibilidade da acusação vestibular, e como tal, atribui o exame da causa ao Conselho de Sentença”, explica parte da decisão de pronúncia, assinada pelo então juiz em substituição do 1º Tribunal do Júri de Campina Grande, Bartolomeu Correia de Lima Filho.

A ré foi denunciada por homicídio simples, mas por tudo que foi narrado e verificado na instrução processual, a denúncia foi aditada, dando-a como incursa nas penas do artigo 121, parágrafo 2º, Incisos III e IV, além da agravante prevista no artigo 61, Inciso II, alínea E, como a qualificadora do artigo 121, parágrafo 2º, Inciso I, do Código Penal Brasileiro (CPB).

RELEMBRE O CASO

O fato ocorreu em um domingo, 4 de setembro de 2016, quando o jovem deficiente, de 21 anos de idade, identificado como Rodrigo Pereira Brito de Araújo, morreu afogado dentro de uma cisterna localizada ao lado da casa onde ele morava, no sítio “Canta Galo”, em Massaranduba, na Paraíba.

Conforme apurado pela polícia, Rodrigo foi jogado no reservatório pela própria mãe que em seguida se jogou na cisterna. A filha dela, à época com 16 anos de idade conseguiu retirar seu irmão, mas ele já estava sem vida.

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