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VÍDEO: “Pude sentir o peso do corpo dela”, relata sobrevivente do atentado que matou Marielle Franco

A jornalista Fernanda Chaves trabalhava como assessora de Marielle e estava no banco de trás do veículo ao lado da vereadora. Na frente, somente o motorista Anderson Gomes, que também foi morto

Por Luis Fernando Mifô

30/10/2024 às 17h29 • atualizado em 30/10/2024 às 17h39

Durante seu depoimento no julgamento dos ex-policiais militares Élcio Queiroz e Ronnie Lessa, assassinos confessos da vereadora Marielle Franco (PSOL), a jornalista Fernanda Chaves relatou o que ocorreu dentro do carro instantes depois do atentado em 14 de março de 2018.

Marielle e seu motorista, Anderson Gomes, foram assassinados a tiros. O deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ) e seu irmão, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Domingos Brazão, foram presos sob a acusação de serem os mandantes do crime. Eles negam.

A jornalista Fernanda Chaves trabalhava como assessora de Marielle e estava no banco de trás do veículo ao lado da vereadora. Na frente estava somente o motorista Anderson Gomes.

Como não estava utilizando cinto de segurança, Fernanda conseguiu escapar dos disparos ao se abaixar atrás do banco do motorista. “Em um ato de reflexo eu me encolhi e me enfiei atrás do banco do Anderson. Nesse momento os tiros já tinham atravessado a janela. Eu pude perceber que o carro continuava em movimento”, disse a jornalista no depoimento desta quarta-feira (30) no TJ-RJ.

Jornalista Fernanda Chaves, sobrevivente do atentado ao carro de Marielle Franco (Reprodução/YouTube)

Segundo a assessora, Marielle “não disse absolutamente nada” e o motorista do veículo “esboçou dor” em um “suspiro”. Ela também afirmou que conseguiu “sentir o peso do corpo” de Marielle após a vereadora ser baleada.

“Notei o braço direito dele soltar do volante. Marielle estava imóvel. […] Estava sem cinto, por isso consegui me abaixar”, relatou Fernanda.

Após o atentado, a jornalista precisou receber atendimento psicológico e foi orientada a sair do Brasil. Seu marido fechou o escritório dele e acompanhou a jornalista.

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