VÍDEO: No Sertão, detento morto após tortura em cela chegou a tomar água do vaso sanitário, diz delegado
A Polícia Civil intensificou as investigações e os quatro suspeitos do crime poderáo ser transferidos para o PB1 em João Pessoa
Um detento da cadeia de Princesa Isabel, identificado como João Batista da Silva, de 42 anos, conhecido popularmente como “Joaozinho da Rua do Meio”, morreu na última quarta-feira (18) em um leito do Hospital Regional de Patos. De acordo com a Polícia Civil, a vítima foi assassinada em sessões de espancamento e tortura pelos colegas de cela no último dia 13.
Conforme relato policial, após praticar o crime, os suspeitos impuseram a lei do silêncio e não comunicaram aos agente penais de plantão. Segundo a polícia, somente no outro dia houve a comunicação aos agentes penais, de que o detento precisava de socorro médico.
De princípio, a vítima foi conduzida à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Princesa Isabel, mas devido ao estado grave, teve que ser transferido para o Hospital Regional de Patos. João Batista foi submetido a cirurgia de urgência, mas não resistiu às lesões sofridas e veio a falecer 4 dias depois do internamento.
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Investigação – Após uma intensa investigação do Grupo Tático Especial (GTE) de Princesa Isabel, juntamente com a equipe de plantão, o crime foi elucidado.
De acordo com informações do delegado Gutemberg Cabral, os autores do homicídio são dois de 24 anos e os demais têm as idades de 23 e 43 anos, respectivamente. Conforme a Autoridade Policial, os quatro participaram do crime de homicídio qualificado.
As investigações relatam que a motivação do crime teria sido porque a vítima teria desrespeitado a visita íntima de um dos suspeitos. O relato diz que ele teria ficado passeando sem roupas pela cela.
Revoltados, os investigados efetuaram chutes, pontapés e torturaram a vítima a ponto de submetê-la a beber água suja do vaso sanitário, além de impedir que o preso pedisse socorro.
Gutemberg Cabral falou que os 4 detentos estavam presos em regime fechado e foi decretado suas prisões preventivas para evitar que eles saiam por indulto natalino. Ele também ressaltou que foi pedido suas transferências para o presídio PB1 de João Pessoa.
Conforme o delegado, os presos responderão ao crime de homicídio qualificado podendo pegar cada um, uma pena de 30 anos de prisão.
DIÁRIO DO SERTÃO
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