VÍDEO: Justiça mantém prisão de suspeitos de fraude ao DETRAN-PB; policial é apontado como líder do esquema
Ao todo, sete presos foram detidos por meio de mandado de prisão e um foi capturado em flagrante por porte ilegal de arma e munições. 11 mandados de busca e apreensão foram cumpridos durante as ações dessa quinta-feira (20)
Oito suspeitos presos na operação dessa quinta-feira (20) que desarticulou uma organização criminosa especializada em fraudar o sistema do Detran-PB e cancelar multas de trânsito, tiveram suas prisões mantidas após audiência de custódia.
Sete dos oito presos, foram encaminhados para o presídio do Róger, em João Pessoa. Um dos detidos que é suspeito de ser o líder do esquema criminoso, é um policial militar. Ele encontra-se recolhido no 1º Batalhão de Polícia Militar (1º BPM), no Centro da Capital.
Ao todo, sete presos foram detidos por meio de mandado de prisão e um foi capturado em flagrante por porte ilegal de arma e munições. 11 mandados de busca e apreensão foram cumpridos durante as ações dessa quinta-feira.
LEIA TAMBÉM:
As investigações apontaram que em 20 dias, a organização criminosa deu um prejuízo aos cofres públicos de R$ 2 milhões.
O esquema era sofisticado, com a participação de servidores e ex-servidores do DETRAN, além de despachantes, que se utilizavam de credenciais válidas de acesso para inserir dados falsos no sistema e justificar os cancelamentos de multas.
A organização atuava em quatro núcleos distintos, cada um com funções específicas.
Veja abaixo como funcionava o esquema:
– Captação de clientes: O “Núcleo Administrativo/Gerencial”, composto por servidores, ex-servidores do DETRAN e despachantes, era responsável por encontrar pessoas interessadas em “limpar” suas infrações de trânsito.
– Acesso ao sistema: O “Núcleo Operacional”, munido das informações fornecidas pelo núcleo administrativo e utilizando credenciais de acesso válidas, acessava o sistema do DETRAN para realizar os cancelamentos fraudulentos.
– Justificativa falsa: Para evitar suspeitas, o “Núcleo Operacional” inseria no sistema números de processos existentes no PBDOC (sistema de processos administrativos), mas que não tinham nenhuma relação com os recursos de multas. Essa manobra dava uma aparência de legalidade aos cancelamentos.
A operação foi desencadeada por meio de uma investigação conduzida pela Polícia Civil da Paraíba, liderada pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACO), com o apoio do Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN) e a UNINTELPOL.
Operação – O nome da operação, “RESET”, é uma alusão direta à intenção de “zerar” ou “restaurar” a ordem e a legalidade no sistema de multas de trânsito da Paraíba. A escolha do termo remete à ideia de reiniciar o sistema, apagando os efeitos da atuação da organização criminosa e devolvendo-o ao seu estado original de funcionamento.
Leia mais notícias no www.portaldiario.com.br, siga nas redes sociais: Facebook, Twitter, Instagram e veja nossos vídeos no Play Diário. Envie informações à Redação pelo WhatsApp (83) 99157-2802.
Deixe seu comentário