Homem de confiança de Bolsonaro na Paraíba é acusado de agredir ex-mulher e irmã
O jornal destaca que Lemos é apresentado por Bolsonaro como “seu coordenador político no Nordeste”.
Presidente do Patriota na Paraíba e homem de confiança do deputado federal e presidenciável Jair Bolsonaro (PSC-RJ), Julian Lemos, foi alvo da Lei Maria da Penha por três vezes, após ser acusado de agressão pela ex-mulher e pela irmã. O fato foi revelado por um reportagem da Folha de São Paulo publicada nesta sexta-feira (22). Julian nega as acusações.
O jornal destaca que Lemos é apresentado por Bolsonaro como “seu coordenador político no Nordeste”. O dirigente, que se apresenta como consultor de segurança, assumiu o comando do Patriota na Paraíba após o deputado assinar a ficha de pré-filiação ao partido pensando na disputa presidencial, fazendo inclusive a sigla mudar de nome, já que se chamava PEN. Só que Bolsonaro está em negociação com outros partidos e pode acabar se lançado candidato fora do Patriota.
A primeira queixa contra Lemos ocorreu em 2013, quando a ex-mulher afirmou ter sido agredida fisicamente e ameaçada por arma de fogo, ele acabou sendo preso em flagrante. Três anos depois, ela fez uma nova representação dizendo aos policiais que o companheiro tinha lhe ameaçado dizendo “vou acabar com você”.
Segundo a ‘Folha’, dos três inquéritos contra Julian Lemos, dois foram arquivados após a ex-mulher apresentar retratação às autoridades, dizendo ter “se exaltado nas palavras e falado além do ocorrido”. O terceiro inquérito foi aberto em 2016 por representação da irmã do dirigente e está em andamento. Em depoimento aos policiais, ela afirmou ter tentado “apaziguar” uma briga do irmão com a ex-mulher, quando passou a ser ofendida e agredida fisicamente, com “murros, empurrões”, tendo sido arrastada pelo pescoço. Um laudo do IML confirmou as escoriações.
Os advogados de Lemos apresentaram uma carta com a retratação da irmã. No entanto, a Justiça quer ouvi-la em audiência, mas isso não aconteceu porque ela está morando na Argentina.
Em conversa com o jornal, Julian Lemos negou todas as acusações, repetindo várias vezes que nunca agrediu a irmã ou a ex-mulher. Segundo ele, as representações foram motivadas por momentos de “fragilidade emocional” das familiares. “Eu sou inocente de fato e de direito. Ele [Bolsonaro] com certeza deve ter recebido a informação de que eu sou inocente. Sou uma pessoa muito simples. E, se for prejudicar ele, eu saio no outro dia.” Lemos afirmou defender a Lei Maria da Penha e ser contra qualquer tipo de violência doméstica.
Suetoni Souto Maior (Jornal da Paraíba)
Fonte: Jornal da Paraíba - http://blogs.jornaldaparaiba.com.br/suetoni/2017/12/22/homem-de-confianca-de-bolsonaro-na-paraiba-e-acusado-de-agredir-ex-mulher-e-irma/
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