Estela reage a derrubada da obrigatoriedade do texto bíblico ser lido nas sessões e responde críticas
A parlamentar esclareceu ainda que é católica, cristã, mas nem por isso iria ser contra os evangélicos ou espíritas, ou as contra as religiões de matriz africanas.
Em meio a polêmico de uma proposta que derruba a obrigatoriedade do texto bíblico ser lido no início das sessões na Assembleia Legislativa da Paraíba, a deputada Estela Bezerra (PSB) reagiu ao que classificou de tentativa de manipulação da informação e explicou que, em nenhum momento, propôs a extinção da leitura, mas sim que textos de outras religiões também tivesse espaço no Casa de Epitácio Pessoa.
Isso porque, justificou ela, o Brasil é um país laico, com várias religiões sendo adotadas, e o projeto visa apenas dar espaço a quem não é católico. A parlamentar esclareceu ainda que é católica, cristã, mas nem por isso iria ser contra os evangélicos ou espíritas, ou as contra as religiões de matriz africanas.
“Na verdade houve uma confusão. Fizeram uma manipulação da informação. Nós temos hoje a leitura da Bíblia que eu professo, porque sou católica e cristã, porém a minha religião não é a única praticada por meu país. Eu respeito muito os evangélicos, os espíritas, os cardecistas, as religiões de matriz africana, então essa Casa, é a Casa da democracia. Tem gente que é intolerante, tem gente que é fundamentalista, e eu não. Sou católica, sou cristã, mas quero que todas as religiões sejam reverenciadas nesta Casa. A Assembleia é a Casa do povo que tem o seu direito de requerer a sua religião. O texto Bíblico vai permanecer, os outros vão apenas se acoplar’, esclareceu ela em ela entrevista à TV Diário do Sertão nessa quinta-feira (31).
De acordo com a deputada, sua proposta foi para Casa Legislativa expressar a cultura paraibana, pois outras religiões são praticadas no estado e lamentou que seu projeto já aprovado tenha sido distorcido.
Nessa semana as vereadoras Eliza Virgínia (PP) e Raíssa Lacerda (PSD) usaram a tribuna na Câmara Municipal da cidade para rechaçar a proposta da socialista. Segundo Eliza, na hora de pedir votos, da campanha eleitoral, Estela sabe ‘colocar a Bíblica debaixo do suvaco, mas agora tenta tirar a obrigatoriedade da leitura do texto bíblico’.
Quanto as críticas das vereadoras, Estela declarou: “Vereadores que acham que falam de Deus disseram que estou proibindo a leitura da Bíblia, eu nem me refiro a isso”, disse a socialista, afirmando que todas as religiões precisam ser referendadas e respeitadas.
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