VÍDEO: Deputado cobra operação para combater influência do crime organizado na política da Paraíba

O deputado estadual Wallber Virgolino (PL) que também é pré-candidato a prefeito de Cabedelo, participou ao vivo no programa Olho Vivo da Rede Diário do Sertão nesta terça-feira (14), e falou sobre envolvimento de políticos paraibanos com traficantes referindo-se à Operação Mandare, da Polícia Federal, deflagrada no último dia 3 em João Pessoa.

O parlamentar cobrou das autoridades que seja feita com urgência uma operação das Forças de Segurança para combater o envolvimento do crime com determinados políticos do estado, em especial na Grande João Pessoa, onde o deputado foi candidato no pleito de 2020 e segundo ele, à época foi impedido de entrar em algumas comunidades.

“Essa celeuma que envolve a influência do crime organizado, sobretudo o tráfico de drogas nas eleições, eu venho tocando nessa tecla desde a eleição de governador, na verdade, desde a eleição de prefeito de 2020, onde eu fui impedido de entrar em algumas comunidades por força do crime organizado”, disse Wallber.

“As autoridades têm conhecimento, sabem que isso existe e fazem vista grossa”, ressaltou o parlamentar em momento que elogiou “a coragem” do procurador regional eleitoral que segundo o deputado, teria afirmado que “a influência era tamanha, que o Ministério Público Eleitoral não teria condições por si só de combater”.

“Conclamo não só o Ministério Público Eleitoral, mas ao Ministério Público Federal, ao Ministério Público Estadual, às polícias Civil, Militar, Polícia Penal, sobretudo a Polícia Federal, que façam uma operação integrada. O que não pode haver é essa influência acontecer, todo mundo saber e ninguém fazer nada, todo mundo achar normal”, falou o deputado.

Deputado Wallber Virgolino – Foto: divulgação/ALPB

OPERAÇÃO MANDARE

A Polícia Federal deflagrou no último dia 3, uma operação que foi articulada com a Polícia Militar do Estado da Paraíba, com o objetivo de desarticular e aprofundar a coleta de elementos de prova acerca de um grupo criminoso que estaria obtendo vantagens em órgão público do município de João Pessoa, notadamente cargos, em contrapartida a apoio que dá a agentes públicos para adentrarem em comunidades controladas ou que sofrem forte influência do crime.

Conforme a PF, a investigação teve início após se observar a intensa movimentação financeira do grupo investigado, uma vez que valeria de pessoas interpostas para operacionalizar valores referentes às atividades criminosas, especialmente o tráfico de drogas.

No decorrer da investigação, com o seu aprofundamento, foi observado que um preso do sistema penitenciário estadual, o qual tem posição de liderança em organização criminosa, teia articulado as supostas parcerias.

Cerca de 44 policiais federais e 40 policiais militares participam das diligências.

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