Prefeito de São José de Caiana diz que vai recorrer de cassação e “mostrar a verdade dos fatos”
Manoel Moleque e a vice-prefeita Adriana de Walter tiveram seus diplomas cassados por abuso de poder político e econômico em decisão da juíza Hyanara Torres Tavares de Queiroz, da 33ª Zona Eleitoral de Itaporanga
O prefeito Manoel Pereira de Souza, conhecido como Manoel Moleque (PL), e a vice-prefeita Adriana Maria Cavalcanti Marsicano (Adriana de Walter), do município de São José de Caiana, no Vale do Piancó, Sertão paraibano, se pronunciaram nas redes sociais, nesta sexta-feira (26), através de uma nota, a respeito da cassação dos seus registros de candidatura. A sentença emitida nesta sexta-feira (25) declarou a anulação de todos os votos atribuídos à chapa reeleita e determinou a realização de novas eleições para os cargos de prefeito e vice-prefeito.
Manoel Moleque disse ter recebido a notícia com surpresa, que respeita a decisão da juíza Hyanara Torres Tavares de Queiroz, da 33ª Zona Eleitoral de Itaporanga, mas irá “lutar com todas as forças para reverter essa decisão” através de recursos jurídicos.
“Fomos eleitos pela vontade soberana do povo caianense, e é por vocês que estamos aqui. Nesse momento difícil, queremos deixar bem claro: acreditamos na Justiça e vamos lutar com todas as forças para reverter essa decisão. Vamos entrar com os recursos necessários e mostrar a verdade dos fatos”, diz o gestor na nota assinada pelos dois.
Reeleitos pela coligação “O Trabalho Continua”, na federação PL/PSB/MDB, Manoel Moleque e Adriana de Walter são alvos de Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) proposta pelo PDT e pela candidata derrotada Anna Karenynna Campos Fernandes Lopes (Kaká de Marcílio), apontando abuso de poder político e econômico, práticas vedadas e desvio de finalidade na gestão pública durante o ano eleitoral.
Entre os principais fundamentos da decisão da magistrada, está a constatação de um aumento desproporcional e injustificado nas contratações temporárias durante o ano da eleição. A gestão municipal elevou o número de contratados de 14 para 49 pessoas físicas sob o pretexto de “excepcional interesse público” – um acréscimo de mais de 350%. A medida resultou em um aumento de 205% nas despesas com pessoal, que saltaram de R$ 361 mil para quase R$ 741 mil por trimestre, sem justificativa plausível ou respaldo legal.
Segundo a juíza, as funções ocupadas pelos contratados, como motoristas, auxiliares e vigias, não apresentavam qualquer situação emergencial que justificasse a contratação direta, o que configura uso indevido da estrutura administrativa para fins eleitorais.
Manoel confia que seguirá no cargo
Na nota, Manoel Moleque demonstra confiança de que, através de recursos, seguirá no cargo de prefeito de São José de Caiana. “Enquanto isso, seguimos firmes nos cargos que o povo nos confiou! Continuaremos trabalhando com responsabilidade, transparência e o mesmo compromisso de sempre com cada família caianense.”
“Nosso amor por São José de Caiana é maior que qualquer obstáculo. Seguimos com fé em Deus, cabeça erguida e coração tranquilo, porque quem anda certo, anda com coragem”, acrescenta.
DIÁRIO DO SERTÃO
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