Vaticano atualiza normativas de formação sacerdotal e permite que homens gays se tornem padres
São cerca de noventa páginas nas quais são tratadas diversas questões, como a entrada de pessoas homossexuais nos seminários
Entrou em vigor na quinta-feira (9), no site da Conferência dos Bispos Italianos, um documento do Vaticano que atualiza as normativas para a formação de padres. Uma das surpresas é a permissão que homens gays entrem nos seminários desde que se abstenham de sexo.
O texto, que substitui a precedente normativa de 2006, foi aprovado pela 78ª Assembleia Geral da Conferência Episcopal Italiana, realizada em Assis em novembro de 2023, e obteve a confirmação da Santa Sé com um decreto do Dicastério para o Clero.
São cerca de noventa páginas nas quais são tratadas diversas questões, como a entrada de pessoas homossexuais nos seminários, o compromisso contra os abusos, as “possíveis formas de colaboração” à formação de sacerdotes mulheres, a vigilância em relação ao uso das redes sociais, a admissão nos seminários de estudantes, mesmo estrangeiros, que tenham saído ou sido dispensados de outros seminários ou de casas de formação de vida consagrada, entre outras orientações.
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Uma instrução normativa de 2016 dizia que os seminários não podem admitir homens que tenham “tendências homossexuais profundamente arraigadas”. Agora, com a atualização do documento, o Vaticano afirma que os diretores dos seminários devem considerar as preferências sexuais de um candidato a sacerdote, mas apenas como um aspecto de sua personalidade.
No terceiro capítulo, é feita uma referência a pessoas homossexuais que buscam os seminários ou que se “descobrem” gays durante o curso da formação.
A Conferência Episcopal Italiana pondera que o objetivo da formação no âmbito afetivo-sexual do candidato ao sacerdócio é “a capacidade de acolher como dom, de escolher livremente e de viver responsavelmente a castidade no celibato”.
“A castidade é a liberdade da posse em todas as áreas da vida”, diz uma passagem. “Aqueles que vivem a paixão pelo Reino no celibato devem também se tornar capazes de motivar, na renúncia por ele, as frustrações, incluindo a falta de gratificação emocional e sexual”, acrescenta.
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