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Vaticano atualiza normativas de formação sacerdotal e permite que homens gays se tornem padres

São cerca de noventa páginas nas quais são tratadas diversas questões, como a entrada de pessoas homossexuais nos seminários

Por Luis Fernando Mifô

11/01/2025 às 20h16 • atualizado em 11/01/2025 às 20h33

Papa Francisco - Instagram

Papa Francisco (Foto: Reprodução/Instagram)

Entrou em vigor na quinta-feira (9), no site da Conferência dos Bispos Italianos, um documento do Vaticano que atualiza as normativas para a formação de padres. Uma das surpresas é a permissão que homens gays entrem nos seminários desde que se abstenham de sexo.

O texto, que substitui a precedente normativa de 2006, foi aprovado pela 78ª Assembleia Geral da Conferência Episcopal Italiana, realizada em Assis em novembro de 2023, e obteve a confirmação da Santa Sé com um decreto do Dicastério para o Clero.

São cerca de noventa páginas nas quais são tratadas diversas questões, como a entrada de pessoas homossexuais nos seminários, o compromisso contra os abusos, as “possíveis formas de colaboração” à formação de sacerdotes mulheres, a vigilância em relação ao uso das redes sociais, a admissão nos seminários de estudantes, mesmo estrangeiros, que tenham saído ou sido dispensados ​​de outros seminários ou de casas de formação de vida consagrada, entre outras orientações.

Uma instrução normativa de 2016 dizia que os seminários não podem admitir homens que tenham “tendências homossexuais profundamente arraigadas”. Agora, com a atualização do documento, o Vaticano afirma que os diretores dos seminários devem considerar as preferências sexuais de um candidato a sacerdote, mas apenas como um aspecto de sua personalidade.

No terceiro capítulo, é feita uma referência a pessoas homossexuais que buscam os seminários ou que se “descobrem” gays durante o curso da formação.

A Conferência Episcopal Italiana pondera que o objetivo da formação no âmbito afetivo-sexual do candidato ao sacerdócio é “a capacidade de acolher como dom, de escolher livremente e de viver responsavelmente a castidade no celibato”.

“A castidade é a liberdade da posse em todas as áreas da vida”, diz uma passagem. “Aqueles que vivem a paixão pelo Reino no celibato devem também se tornar capazes de motivar, na renúncia por ele, as frustrações, incluindo a falta de gratificação emocional e sexual”, acrescenta.

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