VÍDEO: Padre Fabrício opina sobre igreja aceitar homens gays como sacerdotes

O padre Fabrício Dias Timóteo, bastante conhecido nas redes sociais, respondeu a uma pergunta do diretor do Sistema Diário de Comunicação, Petson Santos, um tanto quanto polêmica, durante o programa Hora H, na TV Manaíra, apresentado pelo jornalista Heron Cid.

Questionado sobre a decisão do Vaticano que atualizou normativas de formação sacerdotal, permitindo que homens gays se tornem padres, o sacerdote que atua na Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição, na cidade de Taperoá, disse que o que importa é a retidão em ter uma vida de santidade, longe das práticas pecaminosas.

“O que é mais importante não é só unção, é sua retidão. Se você tem a retidão de ser celibatário, você preenche o pré-requisito essencial, as outras coisas são acidentais. Se você tem uma retidão de viver uma vida celibatária, casta, uma vida reta, uma vida honesta, uma vida transparente, uma vida em Deus, você pode ser aceito nos seminários”, destacou padre Fabrício.

O sacerdoto que foi designado para ser Vigário Paroquial na Paróquia Senhora Santana, na cidade de Santana dos Garrotes, na região do Vale do Piancó, falou sobre a transferência e disse estar tranquilo e confiante que tudo dará certo. Ele destacou sua obediência à igreja.

“Eu vou para onde a igreja enviar. Eu obedeço à igreja e acredito numa obediência dialógica, eu acredito que o diálogo triunfará, o bom senso triunfará e acredito que as coisas de Deus triunfarão. Eu acredito naquilo que São Paulo disse, eu acredito de verdade, Romanos 8:28, ‘tudo concorre para o bem dos que amam a Deus’, eu tenho certeza que Deus vai guiar todo esse processo”, falou o padre.

Padre Fabrício Timóteo no programa Hora H, na TV Manaíra

ENTENDA DECISÃO DO VATICANO

Entrou em vigor na quinta-feira (9), no site da Conferência dos Bispos Italianos, um documento do Vaticano que atualiza as normativas para a formação de padres. Uma das surpresas é a permissão que homens gays entrem nos seminários desde que se abstenham de sexo.

O texto, que substitui a precedente normativa de 2006, foi aprovado pela 78ª Assembleia Geral da Conferência Episcopal Italiana, realizada em novembro de 2023, e obteve a confirmação da Santa Sé com um decreto do Dicastério para o Clero.

São cerca de noventa páginas nas quais são tratadas diversas questões, como a entrada de pessoas homossexuais nos seminários, o compromisso contra os abusos, as “possíveis formas de colaboração” à formação de sacerdotes mulheres, a vigilância em relação ao uso das redes sociais, a admissão nos seminários de estudantes, mesmo estrangeiros, que tenham saído ou sido dispensados ​​de outros seminários ou de casas de formação de vida consagrada, entre outras orientações.

Uma instrução normativa de 2016 dizia que os seminários não podem admitir homens que tenham “tendências homossexuais profundamente arraigadas”. Agora, com a atualização do documento, o Vaticano afirma que os diretores dos seminários devem considerar as preferências sexuais de um candidato a sacerdote, mas apenas como um aspecto de sua personalidade.

No terceiro capítulo, é feita uma referência a pessoas homossexuais que buscam os seminários ou que se “descobrem” gays durante o curso da formação.

A Conferência Episcopal Italiana pondera que o objetivo da formação no âmbito afetivo-sexual do candidato ao sacerdócio é “a capacidade de acolher como dom, de escolher livremente e de viver responsavelmente a castidade no celibato”.

“A castidade é a liberdade da posse em todas as áreas da vida”, diz uma passagem. “Aqueles que vivem a paixão pelo Reino no celibato devem também se tornar capazes de motivar, na renúncia por ele, as frustrações, incluindo a falta de gratificação emocional e sexual”, acrescenta.

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