Saiba quais são os cinco maiores problemas de saúde quando se deixa de ir ao dentista
A Dra. Patrícia Bertges explica que deixar de ir ao dentista periodicamente ou negligenciar os cuidados básicos de higiene bucal pode ter consequências muito mais severas do que a perda dos dentes, levando até mesmo a doenças com risco de morte.
Muitas vezes a higiene bucal diária é negligenciada e só nos lembramos de ir ao dentista somente quando já estamos sentimos dores e já é tarde demais para atuar de forma preventiva, sendo necessário recorrer ao consultório dentário em caráter de emergência. Além disso, muitos problemas de saúde têm origem na boca e até mesmo infartos do miocárdio podem estar associados a uma má higiene bucal.
A Dra. Patrícia Bertges relata que é preciso não apenas manter a higiene bucal em dia mas também ter consultas regulares com o dentista: “Mas e se teve todos os cuidados durante o ano e não sente dores? Mesmo assim deve marcar uma consulta com um dentista Mesmo que faça uma higienização completa todos os dias, existem locais na boca que podem acumular placa bacteriana e, consequentemente, resultar em problemas dentários .”
Por esse motivo, a dentista aponta quais são os cinco principais problemas de saúde associados a deixar de visitar um dentista regularmente. Confira:
1-Endocardite bacteriana
Endocardite é o nome que damos à inflamação das estruturas internas do coração, principalmente das válvulas cardíacas. A doença surge habitualmente quando uma bactéria que está circulando na corrente sanguínea se aloja em uma das válvulas cardíacas, multiplicando-se e formando o que chamamos de vegetação valvar. A vegetação das válvulas é um emaranhado de bactérias, glóbulos brancos, glóbulos vermelhos, fibrinas e restos celulares, que é capaz de destruir a própria válvula e impedir o normal funcionamento do coração. Uma das principais causas desta doença é a falta de cuidado com a higiene bucal, que leva as bactérias que estão na boca para a corrente sanguínea através de uma gengivite ou inflamação local, podendo ocasionar em infarto, AVC, embolia pulmonar, isquemia dos membros e até mesmo, morte.
2- Cáries que pode virar um tratamento de canal ou até a perda de um dente
Quase 90 por cento da população mundial pode ter cáries, segundo estimativas. A cárie é provocada pela ação de determinadas bactérias que podem originar a destruição parcial ou total do dente, ocasionando na perda do mesmo ou até mesmo em dor extrema que culmina na necessidade de se extrair os nervos do local através de um tratamento de canal.
A presença dessas bactérias na boca, associada a uma alimentação inadequada e a uma higiene oral deficiente, facilita o aparecimento de cáries. Em situações extremas, a cárie dentária pode originar infecções de extensão variável e que podem ter graves repercussões na saúde geral do indivíduo.
3- Gengivite e periodontite
Gengivite é o termo médico para a inflamação das gengivas, que costuma provocar vermelhidão, inchaço e sangramento do tecido das gengivas, especialmente quando escova os dentes ou usa o fio dental.
Já periodontite (ou doença periodontal) é uma infeção bacteriana dos tecidos especializados, ligamentos e ossos que rodeiam e apoiam os seus dentes, conhecidos coletivamente como o periodonto. É a segunda e mais grave fase da doença gengival. Uma vez que se sofre de periodontite, é irreversível e pode levar à perda permanente de dentes.
4- Perda óssea e dentária por falta de manutenção de aparelho ortodôntico
sem a devida manutenção e cuidado, pacientes que estão em tratamento ortodôntico e não comparecem regurgitamento ao seu dentista podem vir a ter perda óssea e perda dentária, devido ao acúmulo de bactérias na região e problemas ortodônticos.
5- Pacientes que têm implantes dentários (protocolo) precisam ir regularmente ao dentista
Muitos pacientes não respeitam a necessidade de ir ao dentista pelo menos semestralmente para fazer uma limpeza dos seus implantes dentários, o que pode levar a desenvolver uma peri-implantite e até culminar na perda dos implantes, fazendo com isto que haja a necessidade de se realizar cirurgias mais invasivas para a recolocação de um novo implante dental.
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